O cântico de Maria
Não me tratou como pobre
E me afagou o seu favor,
Que de alegria me cobre
O Bem-aventurado temor
Do toque do seu gesto nobre,
Revelando-me seu terno amor.
Que grandiosa operação
Do meu poderoso Senhor
Dando-me fama escolhida,
Que proclamo na doce canção
Exaltando o seu grande favor,
Virtude não merecida.
Em gerações incontáveis,
Por todos serei reconhecida
E me chamarão agraciada
Os de pareceres louváveis,
Os da humildade esquecida,
Pois sou Bem-aventurada!
Quem subsistirá no trono...
Senão o homem humilde,
Que em meu ventre nascerá,
Como Senhor e patrono
A defender-nos, amiúde,
De quem sempre nos acusará?
(Conf. Lucas
1:46-55)
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