quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Quinzenário ABAPAS


Roteiro de Leitura

Leia o Roteiro de Leitura desta Auto Biografia Romanesca e Memórias, escrito no dia 25 deste mês (vê-lo abaixo). Veja também as datas de produção e lançamento desta obra, já lida por milhares de apreciadores do gênero. 
     E compre um exemplar, pois além de romanesca, a sua história contém auto-biografia do autor e detalhes antropológicos sobre um modo-de-viver comum a núcleos sociais violentos, hoje em dia expandidos por todas as grandes metrópoles brasileiras.
As novas edições são em caderno, o que torna mais econômica a sua leitura: R$ 15,00 + DESPESAS C/ REMESSA, pagas na ocasião da encomenda. A produção é rápida, pelo que os leitores  receberão à leitura em poucos dias.
      Encomende já por e-mail: amigosdasletras@terra.com.br
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Artigo de: Carlos Mendes


Doze anos dos maiores embustes paralelos e progressivos em nossa republiqueta
                                                                        
O que produz uma ação de mau efeito é o caráter do agente de índole maldosa. E quando o efeito tem por causa uma torrente impetuosa de constância maligna, ele se espalha e se converte em má inspiração que tem como conseqüência um efeito catastrófico. Usando a figura de linguagem de um Salmo, seria a impetuosidade das catadupas chamando outras a congestão.
Este é o retrato atual do Brasil. Ele está doente pelo afluxo anormal de sangue cancerígeno que corre pelas suas veias, degenerando todo o organismo e levando à morte o princípio da honra, que é seu coração pulsante. Se registrássemos as ocorrências paralelas da propositada desídia no cumprimento do dever cívico de honrar o voto; se exigíssemos o mesmo dos mandatários da política nacional, então teríamos condição de publicar um “estudo descritivo de um conjunto de fenômenos, tal como eles se manifestam no tempo, por oposição quer às leis abstratas e físicas destes fenômenos, quer à realidade transcendente, quer a manifestação, quer à crítica normativa de sua legitimidade”, o que na filosofia é conhecido como Fenomenologia. E isto nos daria o ensejo de proclamar como verdadeiro o velho axioma: “Cada povo tem o governo que merece”.
Chegamos ao estágio do envenenamento de todos os segmentos da sociedade civil brasileira, que, como uma inundação maligna  a impulsionar as catadupas da imoralidade, inunda todos os quadrantes nacionais e atinge todas as categorias de indivíduos da grande massa da sociedade civil, transformando-se em moda explicitada no ditado: “quem pode mais chora menos”.
Subverte-se o direito ao se dar margem ao expediente do “dar um jeitinho” para transformar a mentira em verdade, ou esta ao seu conceito oposto. Aqui no Brasil está dando certo investir na impunidade, pois o direito e o juízo esquivam-se da prática da justiça e, assim, dão ganho de causa aos culpados, e isto em detrimento da sagrada proteção que se deve garantir aos indivíduos dedicados ao cumprimento de seus deveres cívicos.
Dos escalões mais elevados nos vêm as inspirações malignas que corrompem cidadãos mal comportados, que se juntam à súcia de legisladores descumpridores das próprias regras sociais que criaram (Leis), assolando injustamente os bem-comportados na outra ponta da escala social (Sorokin), com o que alguns destes cidadãos bem comportados acabam considerando a vantagem espúria dos catalogados bandidos, onde os mais poderosos, no conceito de um Estado sob domínio ou influência dos poderes políticos, podem tudo sobre os que deveriam ser por eles servidos, mas são humilhados por seus indignos representantes que deveriam exercer poder  obsequioso, mas acabam se transformando em agentes opressores  da sociedade que os elegeu para servi-los, dando estes com a mais ampla obrigação exemplos de cumprimento às regras sociais que todos, sem exceção, são obrigados a cumpri-las.
Este é o quadro mais expressivo de nossa maldita chaga sócio-política.

*O autor é Escritor. Autor do romance “O Milênio e o Tempo” 


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Evidências paralelas

From: Comte. Ricardi D'Amore


A poesia de Cláudio Rogério Bracco


o
o
AS GOTAS
(Paráfrase ao Soneto "A pombas" de Raimundo Correia)

Vai-se a primeira gota evaporada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim milhares
De gotas vão-se do oceano aos ares
E formam nívea nuvem condensada...

E a tarde, quando a brisa resfriada
Assopra, novamente elas, aos mares,
Voltam, numa imersão agraciada...

Também dos corações que é onde moram,
Os sonhos, um por um, logo evaporam,
Assim como as gotículas do mar;

Da ingênua adolencência se despedem,
Voam... E como ao mar as gotas pendem,
Eles aos corações querem voltar.


Coleção: Auréolas de Sonhos
Cláudio Rogério Braco, da Academia de Letras do Grande São Paulo
deandeira, assim se pronunciou através do soneto “Auréola de Cláudio Rogério BRacoSonhos・ que deu título a

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Artiquetes de Geraldo Duarte




A festa dos urubus
                                                                                                                    Geraldo Duarte*

Numerar e nominar as plásticas cadeiras. Mudar o nome de Bar para Arcádia do Tico.

Projeto do doutor Ribinha, apoio do imortal Bududa e adesão dos esotéricos marxistas e dos anárquicos-fundamentalistas.

Somente os intelectuais tradicionalistas e os livres papudinhos – surpreendentemente – dizem-se em autocrítica.

Sábado. Cedo. Ali, Leôncio, com seu tablet e gelada cervejinha, começando a assistir ao clássico faroeste O Ouro de Makenna. Ouvia-se a canção musical de abertura, Old Turkey Buzzard. Sensibilizante composição de Quincy Jones, com arranjos de Freddie Douglas e interpretação do porto-riquenho Jose Monserrate Feliciano.

No filme, um velho chefe apache rumava para o cemitério sagrado, sob o voar de agourento abutre. Gregory Peck entrava em cena.

Vozerio enxotou a calma. Fez desligar o eletrônico. Prenúncio de discussões e linguaradas.

Mal o cinéfilo descreveu as cenas iniciais, fez-se a contenda. “Sempre foi, é e será assim! Ao prenúncio da morte, à beira do leito, os rapineiros e os vermes armam-se para tirar tudo do futuro morto. Principalmente, se poderoso ou rico.”

Palavras do conservador Lineu, que continuou: “Lembram-se da finada URSS? Morto e embalsamado o premiê. Notícia de gripe. Depois, pneumonia. Sucessor escolhido era comunicado o falecimento.”.

Luzenildo atacou com seu dístico “É a voz do imperialismo americanalhado! Bolivarismo é a salvação!”.

Pacificador, Anapolino, colocou água na fervura. “Evitemos exumar cadáveres e repetir chavões despropositais. Sabemos que, ao sinal de carniça, a festa é dos urubus.”.

Tico, eclético, continuou servindo bebidas e tira-gostos.

                                          *Geraldo Duarte é advogado, administrador e dicionarista.       

Roteiro de Leitura


“Bacia do Macuco”


Categoria: Romance autobiográfico e memórias
Idealizado em setembro de 1998
Concluído em 06-06-2000
 

“Bacia do Macuco”


Categoria: Romance autobiográfico e memórias
Idealizado em setembro de 1998
Concluído em 06-06-2000

Dedicatória:

WILLIAN WOJCICHI
Pastor que pensou minhas feridas abertas pela injustiça; ensinou-me a mansidão dos domésticos e adestrou-me para apascentar os selvagens, lhe ofereço este livro.


Roteiro de Leitura

      Como todos conhecem ou sabem refletir sobre a obviedade de um fato, quando ele é em si mesmo de fácil dedução, a autoria de uma autobiografia pertence ao personagem central, pois foi sobre si mesmo ou sobre fatos marcantes de sua vida que ele escreveu. Pela autobiografia o autor se sujeita à observação e a crítica de seus leitores, pois há que expor-lhes a natureza dos objetos pinçados no comportamento alheio, que o faz abri a própria alma aos seus leitores.
       Se o autor tem registros ordenados dos acontecimentos narrados, sejam por datas, sejam por conexões lógicas com outros eventos históricos notórios e paralelos, esse autor também tem condição de ser o historiador de sua própria história, cabendo ao leitor o julgamento.
       “Bacia do Macuco” é o título de uma autobiografia romanesca. Ela é verossímil e os leitores que já a leram conhecem tanto o seu contexto histórico, quanto as emoções que mais impressionaram o autor. E, ao receberem dele as impressões que ao seu redor gravitam, se mantêm nessa órbita como espectadores interessados em pinçar, no espelho da alma do autor, os objetos que também o impressionaram, se agradados desse conjunto gravitacional, onde fazem gravitar seus próprios interesses.
       Estes concebíveis reconhecidos metaforicamente como objetos gravitando ao redor do pensamento do autor, ao se oferecerem as especulações dos leitores, podem ampliar seus horizontes cognitivos, organizando formas psicológicas parecidas como um divisor de águas entre o refletido exame da realidade holística de si mesmo. No presente narrativo, que é um divisor de águas entre o refletido exame da realidade holística de si mesmo no presente e forma pela qual se indaga sobre um bem ou um mal formado pelo efeito do produzido no passado histórico, esta uma herança com ou sem empenho construtivista do ser cognoscível em oposição ao que, no ato de escrever, constituiu-se ou não o ideal no ser cognoscendo, o autor, sujeito e objeto investigado na autobiografia, que pode ser redimido ou julgado pelo que escreveu.
Há, no projeto autobiográfico, um momento de perplexidade ante o que se apresenta como auto-reconhecimento da estrutura psicológica cognoscível, contributiva ou não aos ideais que podem satisfazer o ideal de novas formas do viver - formatadas no momento da produção literária -,  uma “metáfora da passagem”, onde o autor desejou então manifestar a nova forma psicológica surgida, por comparação ou oposição à uma outra anterior que o situava perante um passado construído artificialmente no ato da idealização: Como alguém renascido para o “bom” viver e que, talvez perplexo ante a constatação de que era uma oposição ao que desejava ser, podia ser outro, como personagem de sua própria história.
São assim os romancistas, pintores de realidades que aqui não existem?
Mas o escritor também pode ter percebido posteriormente, que se alto afirmara  numa nova forma que não passara de num  estado latente e sem progresso, estado este também incognoscível antes de ocorrerem as mudanças implicadas na “boa” forma psicológica, subliminarmente encampada pela volição, esta talvez irracionalmente ordenada e incapaz de produzir a noção do novo ser no “aqui e agora” no momento produtivo em que escreveu a auto-biografia romanesca.
Diante dos dramáticos apelos “como ser melhor?”, “como ser feliz?”, achou-se talvez descobridor da fórmula que por tantas vezes já se oferecera ao seu exame sobre “o que fazer para mudar”? A resposta para esta indagação, em “Bacia do Macuco” está contida na metáfora da passagem, analogia que a obra torna evidente sem necessidade de grandes exposições ou investigações.
Por ser uma história romanesca e verossímil ao mesmo tempo, talvez o autor não se permitiu descrever com segurança os movimentos das almas dos demais atores, mesmo porque isto lhe seria impossível pela falta de confiança para lidar com os assuntos da psicogênese. Mas talvez não tenha acontecido o mesmo quando a formulações de hipóteses sobre os fenômenos pertencentes ao campo das humanidades, quando as personalidades a ele se ofereceram como fragmentos históricos individualizados (atores) ou coletivos (elenco) do romance autobiográfico. Nestes campos parece que ele agiu com segurança, sentindo-se um livre pensador com razoável espírito investigativo.
Há eventos históricos com leituras significantes para o deslindamento de algumas vicissitudes do autor e personagem central da autobiografia “Bacia do Macuco”, antes e depois do que ele propõe com a “metáfora da passagem” já mencionada neste roteiro de leitura.
Fora do texto e apenas por este roteiro, o leitor encontra algumas menções datadas dos eventos presenciados pelo autor.

  1.  Eventos e datas

1.1. Casamento                                    —    08-09-1955
1.2. Nascimento da primeira filha           —    18-12-1956
1.3. Nascimento do segundo filho           —    21-05-1961
1.4. Nascimento da última filha              —    19-11-1962
1.5. Metáfora da Passagem                    —    Ano 1975

2. Eventos e períodos, conforme principais capítulos da obra:

2.1.        “Embaixada Vermelha”         —    1957 a 1960

       2.2.        “As Cremalheiras”                —    1964
       2.2.1.     “O projeto empresarial”        —    1961 a 1965
       2.2.2.     “Agonia do Desemprego”      —    1965 a 1975
       2.3.        “O Ressurgimento”              —    1975 a atual


Apresentação
Por: Carlos Mendes
      
       A Bacia do Macuco é um logradouro da cidade praiana de Santos. Na época em que o autor enriqueceu-se com as experiências narradas na obra, esse logradouro pertencia ao bairro do mesmo nome. Em 1968, por ocasião do abairramento da cidade de Santos, que deu origem ao surgimento de novos bairros, a Bacia do Macuco passou a ser um logradouro do novo bairro do Estuário.
       Foi somente na década de 50, que o famoso logradouro daquela época veio a ser realmente descoberto pelo autor do romance. Antes ele só o havia conhecido pela ostentosa fama de lugar que convinha evitar.
       Mal adentrado na juventude, a insipiente cultura e a precária existência do autor, foram ali impregnadas com a audácia e o destemor que marcavam os padrões de conduta de alguns homens considerados notáveis nas tradições orais que circulavam de boca em boca, como tributo de admiração àquela maneira de ser dos homens valentes forjados no temeroso cais do porto de Santos. Mas a impregnação se deu na sua forma bruta. Só mais tarde e já na idade madura, saudosas recordações interessaram reflexões sobre as memórias subjacentes àquela remota experiência, cuja lembrança estava quase a apagar-se pelas brumas do tempo.
       O código de honra desses homens, quando confrontados com os padrões dos acordos sociais estabelecidos e impostos pela alta sociedade, originava uma vaga de paixões entre o despotismo de um lado, e a reação violenta do outro.  
       Havia, portanto, protagonistas reais para serem levantados no projeto literário. Mas todos eles já estavam mortos, e, para citá-los sem o uso de pseudônimos, cumpria elaborar um extenso programa de pesquisas e entrevistas junto aos moradores já idosos e aos familiares sobreviventes aos atores da autobiografia romanesca.
       Este projeto literário tem três protagonistas principais. O próprio autor não poderia deixar de figurar como um deles, pois, além de memorialista, o projeto também é autobiográfico, já que refere muitos fatos vividos pelo seu autor que, na realidade, constrói memórias em torno de si mesmo para identificar-se no tempo e no espaço com todos os acontecimentos. Esse enclave propiciou-lhe a construção de parêneses[1]. Os outros dois personagens são levantados como paradigmas, um do modo eterno de uma nova vida, e o outro do modo temporal, cuja dobra entre o “aqui e agora” e o eterno, fica como que suspenso na indeterminação.
       Há, contudo, muitos outros atores menores, que valorizaram este ou aquele episódio, que não poderiam mesmo serem  relegados ao esquecimento, sob pena e a estrutura da auto-biografia romanesca desabar.
Com os três principais personagens, o autor levantou parábolas que o ajudaram, e ao leitor, à compreensão de um conteúdo espiritual que também é abordado no romance. A primeira parábola é oferecida por uma experiência de passagem do próprio autor.
       Ao se associarem, as parábolas conduzem o romance a um final alegórico, que é uma subjetividade interessada em despertar o interesse do leitor sobre uma grave questão transcendental na vida humana.
       O tema desta auto-biografia romanesca e memórias é, portanto, a vida. E como a vida humana é uma edição única a cada vida, a narrativa aqui é diferente de outras tantas quantas já lha exaltaram.
       Bacia do Macuco foi colocada nesta obra, como a terceira das cinco eras vividas pelo personagem central e autor do romance. Ele procurou destacá-la como a era em que o “neandertal” desta história se prepara para enfrentar os sérios compromissos da vida adulta.
       Mas o leitor acabará descobrindo outras quatro eras e a significação de cada uma delas na vida do autor do romance, que acredita não ter traçado em vão este projeto.  




[1] Parênese (Gr. Paaineö, aconselhar, recomendar, instar, exortar)

Você poder adquirir esta obra em brochura (capa acima), visto que a edição formato livro esgotou-se.
Em brochura você desembolsa apenas $15,00, mais despesas de correio, atualmente, única forma de remessa, pois nas distribuidoras os volumes estão esgotados.
PEDIDO DIRETAMENTE COM O AUTOR:
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Família!... Quanto é bom desfrutá-la.

Eu e a Estela nos identificamos com esta primeira imagem...
E às vezes é a sombrinha dela que me cobre









Da parte dela, na segunda
jamais veículo igual estacionou 
nesse local!...Acho que hoje 
ganho um beijo 
dela!?...




Primeira ilustração: Peço que o autor(a) e/ou repassador(a) se identifique(m), para que lhe(s) possa prestar merecida honrarias da menção de seu(s) ilustre(s( nome(s).

Segunda ilustração: Repassada pela pedagoga Cibele Mendes, minha filha dileta, que ama estremecidamente a gentil senhora dona Regina, sua sogra dileta. Só que a Cibele gosta, tanto quanto este seu pai, de brincadeirinhas, inocentes o mais das vezes!

Temporada Literária de Verão


Um brado a resistência[1]


Um livro não voa com qualquer vento,
Pois bloco de páginas é resistente,
Mas quando soltas em um contratempo
Voam mui fácil em curso ascendente.

Chegam dias difíceis para o Brasil,
Mil perfídias infames e unificadas
Como pólvora enchendo grande barril,
Ameaçando o regime com vis ciladas.

Digamos “chega!” a isso, irmãos brasileiros!
Levantando o gládio prá necessária luta
Pra despachar daqui esses calaceiros.

Esses que habitam uma reles gruta
Não passam de vagamundos caminheiros
Empenhados em matar-nos com cicuta[2]

Carlos Mendes
Soneto escrito em 04/09/2010.


[1] Título Inspirado na obra: Brados do desengano contra o profundo sono do esquecimento (obra de Madalena da Glória, escritora portuguesa, 1749).
[2] Veneno com o qual os sofistas mataram o filósofo Sócrates. Aqui neste soneto: “levar-nos à morte com uma vida amarga.”

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ERRATA


REPARO NO TEXTO “MOVIMENTOS DE MINH’ALMA
Publicado em 16 p.p.

Abaixo da assinatura do autor leia-se:
“Foi evangelista pela PIB em Suzano e pela Convenção Batista do Estado de São Paulo. Escritor, poeta, colunista e articulista de jornais de circulação diária e/ou semanal desde 1993. No ano 2.000, escreveu a apresentação ao projeto “O Brasil  e a Mídia”, que o MINC colocou  na Galeria NO TREE em Berlim..Tem duas obras editadas: A história “Dono de Fábricas”, em 2005 e a Coleção de Poemas “E o Vento girou...”, esta convidada a participar da 1a Festa Literária no ABC, em 2007.

E não:

“Foi evangelista pela PIB em Suzano e pela Convenção Batista do Estado de São Paulo. Escritor, poeta, colunista e articulista de jornais de circulação diária e/ou semanal desde 2003. No ano 2.000, escreveu a apresentação ao projeto “O Brasil  e a Mídia”, que o MINC colocou  na Galeria NO TREE em Berlim..Tem duas obras editadas: A história “Dono de Fábricas”, em 2005 e a Coleção de Poemas “E o Vento girou...”, esta convidada a participar da 1a Festa Literária no ABC, em 2007.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Artigo


Novo fim do mundo

                                                                                                                        Geraldo Duarte*

Manhã do primeiro dia do ano.

Surpresa, visita, abraço e presente trazidos por ele. O imortal dos imortais das artes e das letras. Bududa.

Antes de entregar-me o mimo, embrulhado em vistoso papel com motivos natalinos, propagandeou o conteúdo. Ofertava-me exemplar da “bíblia da astrologia brasileira”, para tornar-se meu oráculo diário, a partir daquela data.

Abri a embalagem. E eis a publicação “Almanaque do Pensamento 2013 - 101º Ano – O Mais Completo Guia Astrológico”. Ao mesmo tempo, recebi seu conselho: “É imprescindível ler, ainda hoje, as seis páginas iniciais do tratado.”.

Conselho dele é ultimato, seguido de ulterior verificação. Melhor aceitar para safar-se de insistentes cobranças futuras.

Comentou que a edição inaugural foi lançada em 1911, pelo Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, pioneira entidade cosmológica nacional fundada pelo português, radicado no País, Antônio Olívio Rodrigues. O especializado trabalho dedicava-se às praticas do magnetismo, clarividência, psicometria, terapêutica e psiquismo geral, declarou-me.

Em seguida, o bate-papo comandado pelo “Bu” incursionou pelas lides acadêmicas, a culturalidade eclética do Bar do Tico e o projeto da feitura do livro de sua autoria Dois Pontos e Uma Curva.

Até sua despedida, duas horas desde a chegada, somente aceitou água. Três copos. Dieta matinal para limpeza orgânica e refrigério mental, asseverou.

Nada perguntei a respeito. Bem conheço sua potencialidade de teimosiar.

Coloquei o livreto numa mesa de apoio e dei-me às leituras dos jornais, revistas semanais, do correio eletrônico, atendimento a telefonemas de amigos e familiares e, enfim, o “tratado”, despercebidamente, foi esquecido.

Dias passaram e veio a perguntação. Desculpei-me e, de pronto, comecei o folhear do opúsculo, lendo o texto de abertura recomendado. “Horóscopo para o Brasil em 2013”, autoria de Ciça Bueno.

Sabemos que o mundo não acabou em 21 de dezembro passado, entretanto, a fundamentar-se na citada futuróloga-esotérica, a situação desta terra da Copa futebolística de 2014 é altamente preocupante durante doze meses.

Tudo assusta quando Ciça, descrevendo uma Revolução Solar, segundo ela ocorrida em 7 de setembro de 2012, e fundamentação na Numerologia Pitagórica, traça o destino pátrio. Daí, o ascendente da tal Revolução aponta para Aquário, o também ascendente natal do Brasil.

Principia o Deus nos livre e acuda. Chega-se “a casa dos reveses, do karma coletivo e do sofrimento, o que indica alguma pena ou momento de sacrifício (sacro-ofício).”.

Momento inicial da desgraceira. Dentre outras previsões, arrepiam-nos as sequenciadas.

Queda das exportações e da boa imagem do País no exterior. Greves e problemas de descontentamentos dos trabalhadores, advindos de vários setores da economia.

Urano, no vértice de Áries e em quadratura com Plutão, aponta corrupção, confrontos e correrias nas obras de infraestrutura de estradas, meios de transportes e comunicações.

E prossegue: problemas profundos e urgentes a serem resolvidos na educação, fronteiras e rachas políticos, que devem ter soluções inesperadas e radicais, além de imprevisíveis.

Para maior complicação, no Meio do Céu, Marte encontra Escorpião, enquanto Saturno, ao lado de Touro, continua regente anual e dando as cartas.

Outros problemas. Pode haver restrições de recursos, escassez de energia, dificuldades concretas e materiais, complexidades e desafios de várias naturezas.

Não bastassem tantas agruras, a vidente continua sua trilha apavorante.

Conflitos e disputas entre o Executivo e o Judiciário. Crises entre aquele Poder e as Forças Armadas. Aumento da violência. As enchentes recairão nas regiões Norte e Sudeste. Alerta para cuidados em face de blefes e cálculos errôneos da economia, causando reflexos nas bolsas.
Para o quase todo o segundo semestre, reforça a hipótese de problemas na saúde pública, existindo a possibilidade de epidemias.

Parei. Deu apagão total nas linhas de transmissões de meus neurônios e sinapses. Não dá para acreditar em aloprações maiores do que as vividas nos últimos tempos.

Mesmo que o Bududa rompa nossa velha amizade, não lerei nenhuma palavra a mais do Almanaque depois da última das sombrias premonições de sua guia astral.

Vexata quaestio, diria o latinista e ex-seminarista tonsurado Anphilophio Gaspar, presidente da Liga de Retórica e Neurolinguistica.

No crescendo que os presságios avançam, poderá haver a anunciação de novo fim do mundo.

Como em terras brasilis, desde priscas eras, tudo ou nada pode acontecer, melhor precaver. Bati por três vezes em madeira tosca, fiz figa e benzi-me.

                                        *Geraldo Duarte é advogado, administrador e dicionarista.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Reflexão de um Cristão


Movimentos de Minh’Alma

Palavras chave: aflição, preparação, arrependimento, perdão        

      O pó é nada! Ele não tem domínio nem em lugar algum se assenta, pois é incapaz de resistir a qualquer sopro sobre ele.
E acabas de lembrar-me desta minha antiga condição, ó Deus!
Aflito e triste como Paulo diante da incredulidade de Israel, em oração eu compareci diante de ti. E falando este homem para o seu Deus, o que podia ele comunicar-Lhe, que já não soubesse?
Esta questão, ó Deus, deixa-me atordoado como quem leva forte pancada na cabeça. E esse atordoamento tem por causa o teu silêncio, que dá existência bem mais dolorosa do que a produzida pela paulada.
É assim que preparas o pó tornado argamassa de tua existência eterna, que nos últimos tempos revelaste em Jesus Cristo, teu único Filho e Deus desde toda a eternidade como tu, ó Pai, o és Nele e em todos quantos, Nele crendo, morrem para o pecado através do arrependimento, e pela fé na redenção que é pelo verter do sangue de teu Filho amado até a morte cruenta e ignóbil na cruz do calvário, renascem para a eternidade contigo.
Sei muito bem, ó Deus, que o meu Salvador sofreu muito mais do que pode um homem sofrer naquela cruz. Nela foi cravado o homem Jesus que sofreu a crucificação como outros dois pregados à esquerda e à direita dele; dor sem igual sofreu o teu Filho, que sem pecado foi  crucificado como homem pecador, morrendo como maldito por pecado que não tinha. Sofreu a maldição do meu pecado, pois está escrito por ti, ó Deus: “Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Galatas 3:13).
E o que darei eu a ti, ó Deus, por tão grande benefício? Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor (Salmos 116: 12 e 13)
Este renunciante morto eternamente pelo pecado, Tu Senhor o fizeste renascer do pó, tendo-lhe bastado voltar atrás pelo arrependimento e confissão de fé no Salvador Jesus, para que Tu decretasses que este pó, depois de voltar ao pó, ressuscitaria não mais como a argamassa antiga, mas com um novo corpo que lho darias para contigo compartilhar esse momento eterno em que vives desde todo sempre e para todo o sempre, ó Trindade Santa!

Carlos Mendes.
Foi evangelista pela PIB em Suzano e pela Convenção Batista do Estado de São Paulo. Escritor, poeta, colunista e articulista de jornais de circulação diária e/ou semanal desde 1993. No ano 2.000, escreveu a apresentação ao projeto “O Brasil  e a Mídia”, que o MINC colocou  na Galeria NO TREE em Berlim..Tem duas obras editadas: A história “Dono de Fábricas”, em 2005 e a Coleção de Poemas “E o Vento girou...”, esta convidada a participar da 1a Festa Literária no ABC, em 2007.











Poesia


Existências*

Existência reta
De gente que presta,
Que inda aqui resta,
Ou a vida mórbida
De gente pateta
Vivendo na sesta,

Sem desejo ardente
De boa conquista,
Logo está a vista
Perda eminente
Do pobre farsista,

Que sem fé nem nada,
Segue se enganando
No reles comando
Pra conquistar vaga
De mitologista.

Carlos Mendes
*Esta poesia é de nova coleção, ainda sem direitos autorais deferidos. O autor espera que sua autoria seja citada no caso de repasses a outros leitores.

Finalizado hoje, 16/01/2013

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Canção em seis sonetos


Todos os que saiam pela porta da cidade
Tinham os prepúcios cortados pelo Hamor.
Despojo inútil, vergonhoso e sem valor,
De nada valeu, determinada a maldade.

Si-quem deflorou Diná, a formosa donzela,
Procurou redenção querendo ser seu parente,
Poupado devia ser de morrer brutalmente
Pelo golpe traiçoeiro dos dez irmãos dela.

Não fosse Jacó cruel, seria diferente.
De parente e genro chamaria o Siquém,
Casando sua Diná com esse pretendente.

Consentiu com os filhos feito que não convém:
Crime quase fratricídio e indecente!
Culpados são os heveus; do clã de Jacó, ninguém!

II

Veio de Jacó, como Diná, a deflorada,
O jovem José, zombado pelos irmãos brutais.
Bisonho o pai dava ao guri amor demais,
Zagal de vendeta pela honra disputada.

No lombo de José um bom manto, e vistoso,
Morando com rancor e instinto monstruoso
Momento nuançado com olhar desditoso
Roupas induzindo planejamento maldoso.

Traição sucedendo tentações beligerantes
Pôs o José em cova e depois no Egito,
Vendido por ismaelitas itinerantes.

Egito, seu fado triste, José, tão aflito,
Na casa de Potifar, o fiel Comandante,
Faustoso tempo colhido desfaz seu conflito.

III

Jargão jogado em charneca, a nhá consorte
De Potifar chama José ao charco do sexo.
Joga charada charmosa, chocha e sem nexo
Pra jovem lhano, xisto jaspeado e forte.

Pérfida, chocada com a fuga, faz cilada.
Persegue o José pela sua lealdade
Fazendo-o perder preciosa liberdade.
José, sem protestar, conserva a voz calada.

Posto em prisão, dos sonhos tem fina leitura.
Traduzindo pra todos seus bons conhecimentos,
Fala com os presos e não teme a censura.

Dos sonhos do copeiro fala: os três sarmentos
São presságios felizes, ele assegura,
Pois traduzem somente bons acontecimentos


IV

Tradução contrária ao padeiro infeliz:
À posição de honra seguir-se-ão tormentos;
sucederão para ti vergonha e sofrimentos;
por sanção do Faraó, tua morte se prediz.

Chamado para traduzir pesadelo medonho,
Encontra Faraó com semblante transtornado,
Pois há dias que um sonho o deixa cismado.
Não precisais ficar com o semblante tristonho!

Teus sonhos antitéticos, previsão consistente:
Vacas gordas é colheita farta em sete anos;
Feias e tinhosas, fome certa e eminente.

Vargedo bem semeado, e evita os danos.
Colhe, põe em celeiros nos sete anos à frente.
Constrói mais, pois a fome também matará humanos.

V

Declarada a visão das vacas gordas deixando o vau
E o jantar das magras comendo as gordas, audazes,
Banhadas por causa do sol e insetos vorazes,
Pela Bondade de Deus, do Rei amainou-se o mal.

Revelações de sonhos e conselhos admiráveis,
Dispuseram Faraó ao moço ministro fazer.
E produzindo mantimentos que dava para vender,
Revelou-se José com atitudes responsáveis.

Por prudência do jovem ministro, no Egito
A fome não pôde a casa de Israel vencer:
"Provisão pra todos", determinava o edito.

Ao regaço de Jacó, novos rebentos a pender.
Quebrantado por seu Deus, ele não estava mais aflito:
Tinha razão Jeová para desavenças acender.

VI

Esta história ensina que Deus tem compaixão.
Seus filhos? São meus companheiros nesta travessia.
Por isso com o meu próximo trabalho confraria,
E tudo o que passar disso só trará desilusão.

Em Deus, e no meu Cristo, tenho boa religião!
O ser criado por Deus fez-se pessoa bem ruim.
Paradigma falaz é, para ti e para mim;
Tão logo foi criado, promoveu rebelião.

Vê o bom José, Maria, a toda graciosa!
O homem evoluiu, argumentarás, por certo.
Sem entenderes a Palavra a tornas enganosa.

Por sacrifício de Jesus o céu foi aberto!
Maria ressurgirá, pela graça milagrosa.
Considera a Jesus enquanto ele está por perto!

Por: Carlos Mendes
(Escrito nalgum mês de 1998)

Canção em 6 sonetos sobre a história real narrada no Livro de Gênesis: caps.: 37 e 39 a 47