quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Artigo: Nossa Vida Sub-Judice

"Adhuc sub judice lis est." A lide ainda está sob [apreciação do] juiz” é a trágica situação de um “reles” civil. Há infinitos exemplos de uma outra ordem jurídica alheia a elementos civis que cobrem, protegem, guarnecem a sanha ilegal dos elementos civis eleitos e/ou nomeados por estes a cargos executivos em qualquer um dos três poderes no Brasil.Vamos eleger apenas um exemplo entre os miríades disponíveis em toda a longa história de injustiças, que vêm a décadas (antes sob o gládio dos monarcas, e depois da proclamação da república, dos políticos, que fazem política em causa própria), oprimindo o indivíduo da área civil no Brasil, que sempre foi e continua sendo “burro de carga”, sobre cujas costas está o pesado Estado brasileiro, sem nunca ter dele obtido a contra partida do benefício público que a outra classe, a política, consegue antes mesmo da primeira instância nos processos de incriminação deles contra a ordem pública que enfrenta e que nunca foi inaugurada oficialmente pelos legislativos brasileiros, quando o sujeito da transgressão às leis é um ente político desfrutando as benesses do poder. Dizem que alhures sucede o mesmo, desfaçatez sem mérito argumentativo, pois a massa humana sem princípios éticos, morais e espirituais é a mesma em qualquer parte do mundo. Nenhuma novidade argumentativa meritória, portanto, nesta torpe, vândala, ignóbil, e não sei quantas mais adjetivações pejorativos caberiam aqui nesta minha argumentação revoltosa.
Que nos maltratem, trucidem e humilhem, proclamo como ente civil. Que façam lá o que quiserem, pois: o que vale a vida sem liberdade, igualdade e fraternidade, anseios pelos   quais Jean-Jacques Rousseau sofreu desprezos de toda sorte, por pregá-los pela primeira vez como bem social inalienável ao ser politycos como ideais a um regime político justo. Sua obra empoeirou-se nas galerias do saber humano! Foi relegada a simples folclore e não permaneceu ativada na vida pública real, porque pusilânimes são todos os homens do mundo; em todas as épocas o foram (ressalvando-se na da queda da bastilha), e continuam sendo! Por covardia nunca seguem em frente na defesa dos justos ideais. Basta o barulho de um desembainhar de espada; um clic armando o gatilho de uma reles garrucha, e logo o homem se mija de mêdo. E assim segue ele vivendo sob o tacão das botas militares comprometidas com o fausto enganosamente prometido pelos chamados poderosos deste mundo governado por políticos descaídos de todas as virtudes humanas!
Bem, chego ao que de fato propuz excrever neste artigo.    

            Há entre nós “defecadores” de histeria nacional, que redigem uma história nacional que lhes acoberte a ânsia pelo poder. Parece-me que entre o final de cinqüenta e início de sessenta foram queimadas as verdadeiras páginas de nossa história, que pelo assassinato dos xseus dois idealizadores, não chegamos a grande possibilidade de sermos uma pátria verdadeiramente justa e democrática, pelos que tudo no momento tudo está à venda entre nós. Até mesmo as consciências cobertas por juramentos acadêmicos.

            Que droga de país está sendo arquitetado pela infame rede dos famintos pelo poder. Nossa pátria é hoje em dia um país conquistado. Nele quase não existe mais o ideal da verdadeira brasilidade.
            Só não consigo entender a escolha atual do governo da Capital do nosso Estado de São Paulo, digo-o quase a rir, pois é muito forte a minha convicção da fraude eletrônica perpretada pelo clube de políticos atuais, parecendo-me que barrarão renovações que lhes possam causar graves problemas criminais. Certa vez, em 62, quando em Porto Alegre mantinha uma filial de minha empresa, estando a fazer a barba numa famosa barbearia da Rua Da Praia, próxima à Praça da República, tratando com alguns empresários locais, ou depois, saboreando as carnes preparadas na Taberna Gaucha junto a roda de amigos e funcionários locais; quando das viagens de ônibus entre Porto Alegre e Caxias do Sul, a conversar com outros passageiros, desde gaúchos de Bagé até os descendentes de italianos estabelecidos nas serras gauchas, isto logo em seguida à  renúncia de Jânio, gaúchos guapos crentes na virilidade daquele que cedo nos decepcionaria, me inquiriam sobre a paralisia paulista em face ao fato: “Che, nós estávamos preparados para marchar para São Paulo e garantir com vocês o governo Jânio...
E agora, pleito passado, lá nesse sul de gente viril, o Tarso! Que barbaridade, Che!
            Estou demasiadamente decepcionado para aceitar a paralisia dos velhos nesta nova quadra de minha vida. Quando jovem, imaginava-os sérios, graves, destemidos defensores de suas enormes proles! Nunca excogitei desistir da luta e agora em nada prezo a minha vida, seja porque estou velho e cansado, seja porque não desejo viver aquele arremedo de liberdade de minha juventude; seja porque essa olhada para o passado significa muito maior herança para eles do que valores que estivesse vendo naquele contexto. Transtornar este dissabor valeria muito mais do que a breve vida, que “aqui e agora” tenho de reserva para viver. Eis com isto um bom motivo para me descartarem, como o fizeram com Celso Daniel e o Toninho do PT, se influência poderosa tivesse o meu discurso político nesta nação tiririca, como é costume de um meu amigo e jornalista lá do norte/nordeste quando se refere ao nosso Brasil.
            Pergunto, para prosseguir: "Para que tantos Partidos, se a teta onde todos os político brasileoiros é somente uma?
            E quantas siglas para nos afanarem!... Para citar só uma: PAC, programa de aceleração (da cachorrada).              

            Atualizando o meu discurso: Dia destes atrás, se você não leu nem ouviu, eu informo: Lula, "o elo perdido de garanhuns", falou todo "enfezadinho" que: "se lhe encherem demais o saco, ele volta a ser presidente em 2008". BRASIL, ACORDA! Será que eu pirei, ou estarão os meus irmãos brasileiros tontos, cegos, surdos e mudos?
            O "Bolsa Família", que tira dinheiro do sul para distribuí-lo para mais de 30 milhões de irmãos analfabetos do norte que, juntamente com as fraudes eletrônicas da urnas dá volto  certo para esse mega-analfabeto Lula, ex-presidente do Brasil que aqui no ABC trabalhou 9 anos e pouco como metalúrgico, ganhou fama injusificada de defensor do operariado e, então, deixou o torno da Volks cortar seu dedinho mínimo para aposentar-se e perseguir o seu sonho de "malandro", ganhar fama como defensor do operariado da grande Via Anchieta; tornar-se o chefe de sindicato mais famoso do Brasil até chegar na Presidência (4 tentativas consecutivas em eleições) até vencer em  2001, sonho dos grandes "gatunos" de nossa política, que a partir daí, virou um clube de eletivos através do "bolsa família" junto com a fraude eletrônica na urnas. Quem duvida disto é bôbão ao ponto de crer em Fada Madrinha! Não conhece do que são capazes os grandes "Hacker"
SonbreHacher: Em informática, hacker é um indivíduo que se dedica, com intensidade incomum, a conhecer e modificar os aspectos mais internos dedispositivos, programas e redes de computadores. Graças a esses conhecimentos, um hacker frequentemente consegue obter soluções e efeitos extraordinários, que extrapolam os limites do funcionamento "normal" dos sistemas como previstos pelos seus criadores; incluindo, por exemplo, contornar as barreiras que supostamente deveriam impedir o controle de certos sistemas e acesso a certos dados.
Sei que a maioria dos nossos irmãos brasileiros não sabe o que é isto. E nem podem mesmo saber, porque os malditos coronéis, tanto os da época do império quando, quanto os novos coronéis, agora da política, nunca lhes quiseram dar estudo de qualidade, quanto mais estudo superior.
Malditos políticos que não amam a pátria, pois a pátria  é gente, gente brasileira e não norte, ou nordeste, ou leste ou oeste, e nem mesmo este sul, onde pelo menos temos instrução superior a da Argentina, pois neste São Paulo existe mais do que 36% de brasileiros com curso superior. A pátria é toda a nação Brassileira!
E precisamos exigir um plano que em poucos anos nos deem irmãos do norte ao sul com as mesma possibilidades de serem felizes. Irmãos, população geral, com milhões e milhões de brasileiros com curso superior.
Os irmãos brasileiros do Brasil Central até ao sul, devem unir-se para tomar pelo voto legal, não o voto eletrônico concedido fraudulemntamente pelas urnas ou "bolsa-esmola-que-vale-voto-para-políticos-canalhas", mas sim bolsa provisória até elevar todos os brasileiros a um grau razoável de cultura escolar que lhes garanta capacitação pessoal para eleva-loa à condição de trabalhador especializado, que possa sobreviver com dignidade, sem precisar de favores de quem-quer-que-seja!

OS IRMÃOS DO NORTE, NORDESTE E OUTRAS REGIÕES EMPOBRECIDAS POR CAUSA DAS ANTIGAS E MALDITAS POLÍTICAS DEVEM LUTAR POR ISTO. NÃO PELA PORCARIA DO LULA. E FALO PORCARIA, PORQUE É PORCARIA MESMO, POIS NÃO APROVEITOU A OPORTUNIDCADE QUE O SEU PAÍS LHE DEU PARA APRENDER; SER HOMEM BEM FORMADO. NÃO APENAS "LADINOI" COMO SE TORNOU, POR SER UM "MALANDRO" CONSUMADO. LULA ENVERGONHA O NOSSO NORTE-NORDESTE. E  POR ISSO, TAMBÉM  ENVERGONHA TODO O NOSSO BRASIL.

TERMINANDO:

Não quero mais lutar, pois aqui no Brasil não há meio de lutar "ombro-a-ombro". Qualquer um inventa a sua tese, de modos que temos milhões delas. Somos um povo dividido, ou pelo orgulho pessoal, ou por compromisso com os grandes grupos dos profissionais-formadores-de-opinião, que mudam deste para aquele compromisso pessoal por vantagens pessoais das mais diversas.

Nosso povo precisa praticar o verdadeiro patriotismo. Os poucos "bufões" ricos, bem-de-vida, que temos estão viciados na mamata, na malandragem, ainda que dela não precisem por serem bem-formados escolasticamente, mas muito mal formados familiarmente. São mais "Dandis" do que cidadãos amantes dos valores morais que fazem diferença, dos quais sobreleva-se o Amor à Pátria Amada, povo brasileiro - com cidadãos abastados, ou não - sem quaisquer diferenças pessoais ou sociais, amantes do bem-estar de todos os cidadãos, companheiros fiéis, sem distinção de raça, cor, ou posição social. Estes conclamo à união fraterna e à favor de uma política que leve em consideração o amor fraternal, o qual se ocupe com a opulência de todos, e seja capaz de reconhecer que é falso o discurso do incauto ou mal intencionado Rui Barbosa ao proclamar que: A Pátria, família amplificada, não pode compor-se da opulência de todos.
Portanto,  é aos pobres e injustiçados que me dirijo e peço, como quem sabe com absoluta certeza que o Lula é bode disfarçado de carneiro. Quer fama que não merece, não por ser nordestino, creiam-me. Tenho no nordeste muitos e bons amigos, grupo no qual nunca incluirei o Lula.
Irmãos nordestinos,  eu lhes peço para esquecerem o Lula como político. Ele não tem qualidade moral nem para ser líder num chiqueiro de porcos. Com certeza roubaria algum deles para fazer a ceia de Natal deste ano. Não pensem que o estou ultrajando, ele é que está ofendendo o povo brasileiro!
Vocês viram pela televisão o comboio com nove  grande jamantas cheias de bens que ele acumulou durante os 8 (oito) anos em que governou o Brasil?
Vocês não sabem que ele é hoje um dos homens mais ricos do Brasil? Podem calcular o quanto ele enriqueceu nesses oito anos? Sabem com certeza quanto enriqueceram os golpistas do mensalão, e outros não mencionados?

Eu sou um brasileiro que trabalhou na engenharia operacional da Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, baixada santista do Estado de São Paulo. Fui da primeira turma que tocou a primeira refinaria de petróleo no Brasil (1953 a 56); e de 56 ate 1962, continuei no setor, como chefe de turno.
De 62 a 1997, fui empresário e parceiro da Brastemp S/A, a maior empresa fabricadora de eletrodomésticso de grande porte na América do Sul, onde conheci de perto o peçonhento caráter do Lula. Fui sempre muito bem remunerado (com grandes salários) e nos longos anos que comandei minhas empresas, comandei-as como respeitável empresário, com diversas formações superiores e frequentando o seleto clube dos médios e sgrandes empresários do Grande São Paulo. Sabem no que consiste minha riqueza pessoal, hoje em dia? Três filhos com formação superior, uma casa com 300 metros quadrados e o prédio de minha última empresa, hoje alugado para uma empresa comercial. Aposentadoria, minha e de minha esposa, e aluguel, eis meu honesto e suficiente patrimônio, e rendas pessoais.

Meu Deus! Me perdoem! Que coisa mais tola e burra, achar que um político dirigente do Brasil, com a formação de um Lula da vida, merece a fortuna que ele tem por oito anos trabalhando como torneiro mecânico na Volks e,  depois, outros oito anos sentado na cadeira de Presidente do Brasil. Ser presidente do Brasil é cargo altamente importante, sem dúvida! Cargo não só importante, como de altíssimo respeito mundial! Afinal o nosso Brasil é mesmo uma grande nação! Não é uma naçãozinha qualquer! O Brasil não merece um Lula qualquer! Não por ele ser quase analfabeto, pois poderia pelo menos usar honestamente a inteligência que certamente possui, e não ser desonesto e estar, apesar de ter sido duas vezes presidente do Brasil, estar sob suspeita de ter favorecido por corrupção ou total incompetência, roubalheiras tão grandes e formações de quadrilhas políticas tão poderosas, que estão a impedirem a apuração das roubalheiras cometidas sob os olhares de um Chefe de Estado de um país tão importante quanto é o nosso Brasil.

Vocês nem desconfiam que o partido dele (o PT), talvez terá aqui, e em outros lugares do mundo, mais dinheiro do que o nosso tesouro nacional?

"Tesouro Nacional", riqueza que pertence a quase 200 milhões de brasileiros! - Acorda Brasil !

Eu desconfio e com ótimas razões. Não posso provar como, talvez, ninguém o consiga fazer, a não ser com a  cooperação dos  grandes líderes dando total apoio de um "limpa o Brasil" ante a justiça nacional, com o concurso especial de Dna. Dilma, e amanhã? Se a quadrilha do ex-presidente Lula continuar no poder, vocês e eu, eleitores do norte ao sul, como é que vamos tapar o rombo no nosso tesouro nacional? Como é que vamos sair da vergonhosa situação de figurantes entre os países cuja população tem os menores índices de instrução superior? Vamos continuar vivendo de plantações? Olhem! Podemos ir definitivamente para um poço sem fundo, um buraco incaalculável! Saberemos todos calcular quanto se enriquece com a produção, da "mão-à-bôca"? Saberemos calcular quanto dá de retorno (lucro) a exploração de todas as nossas lavouras, sem os parques para a industrialização de seus produtos? Saberemos, todos, que as técnicas industriais exigem trabalhos técnicos que exigem formação escolar de nível médio e que está na industrialização o grande lucro da comercialização desses produtos do campo? (11 anos de estudo interrupto para dar um grande salto lucrativo pela industrialização dos produtos cultivados por plantiooutras). E o que pensar de e outras técnicas que exigem superior com 16 a 19 anos interruptos de estudos, no mínimo?)

Agora se perguntará: Então, se suprimirmos as Urnas Eletrônicas; sem colocarmos o Partido dos Trabalhadores (PT) fora do páreo eleitoral, consertaremos tudo? NUNCA! Quando o maior líder é apenas um homem com cultura mediana, que inspiração haverá nesse meio para conquistas de grandes metas na formação nos diversos níveis de cultura superiores?

A minha resposta, definitivamente é: NENHUMA!

Então, o que fazer?

            Para isto eu tenho uma primeira resposta que todos os partidos; todos os malditos políticos desonestos rejeitarão.
            Mas há solução para este gravíssimo problema; gravíssimo porque se não houver o apoio (apoio somente) de militares das forças armadas; militares das forças públicas estaduais em Estados com governos comprometidos a instalação definitiva do plano que o nosso Brasil nunca teve: DEMOCRECIA REPUBLICANA (Discutamos seriamente o que é isto); e, acima de tudo, fibra patriota que coloque a "Pátria Amada e Idolatrada" acima de tudo e de todos (pátria, o conjunto de todos os cidadãos; de todas as famílias), enfim, façamos pela primeira vez na nossa história o que nos ensina o hino da Pátria: "Porem se a Pátria Amada for um dia ultrajada, lutaremos com valor", ainda que seja necessário, declinarmos de nossas própria vidas, pois o que interessa vivermos prisioneiros (sem liberdade absoluta dentro dos mais rígidos padrões morais e de patriotismo)? Pátria é "a família amplificada, que tem como dever: a honra e a disciplina", dever e quinhão comum de toda a sociedade civil, da qual nasce, por escolha da maioria do povo, a classe política; aquela, mandante1

Carlos Mendes

Esta é a minha palavra final sobre política nacional
É encarar ou "mdeter o rabo entre as pernas!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Artigo

Eleitores brasileiros caem fácil na conversa de jornalistas políticos blasonadores
Por: Carlos Mendes


Blasonador é um sujeito cheio de gabolice; aquele que comete bazófia, fanfarronice, jactância. (É um Lula da vida!) 
O cidadão eleitor e os formadores de opinião ocupados com o jornalismo noticioso político, precisam prestar ao nosso país serviço de alta relevância político-democrático, para “Livrar o povo brasileiro do engano”, que os políticos inimigos do regime democrático estão lançando, traiçoeiramente, para conseguir pelo regime do voto democrático resultados contrários ao pensamento da liberdade política que somente a democracia oferece.
Chamo de discurso traiçoeira toda estratégia de convencimento, ao eleitor, a aderir a um valor político apregoado como democrático, sem o ser.
Vou apontar uma dessas estratégias. Ela foi usada hoje(24/10/2013) pelo (Editorialista?) de um pequeno tablóide semanal distribuído grátuitamente na cidade de Ribeirão Pires. Para esclarecer a gravidade do fato, quero que o leitor saiba, se ainda não o souber, que o editorialista é a pessoa que num órgão da imprensa está encarregada de escrever o editorial, artigo que expressa a opinião de um órgão de imprensa.
O editorial defende os esplendores da relevante estratégia de planos como o “bolsa família”, que está verdadeiramente dando certo  (em países ricos e com regime político adiantadíssimo), usando a Suíça como exemplo nascente desta estratégia!
Revolta saber que o mentor, e depois dele o autor deste estratagema, está às portas de uma eleição majoritária que pode ser decisiva para o anseio mais do que justo de colocar o Brasil no concerto das grandes nações do mundo.
Afirmo que não se chega a isto com estratégias fora do tempo próprio!
As estratégias que objetivem igualar mais justamente padrões econômico-sociais para elevar padrões mais baixos e diminuir gradativamente as desigualdades sociais, demandam um controle da riqueza nacional de pequeno, médio ou longo prazo de planejamento, conforme seja a distribuição de renda atal, em função das capacidades produtivas do povo em geral. Disto o Brasil está descuidado a séculos, e o que se vê pelas bandalheiras cometidas por nossos políticos em favor de si próprios e de seus apaniguados, que estão a lhes garantir o controle da rapinagem, já vêm de longos séculos. Vê-se por aí que o anseio do empolado FHC e do não menos empolado Lula, figura patética de poder político injustificado, só aos brasileiros incautos pode persuadir.
Os brasileiros eleitores devem analisar esta questão que se coloca pelo pequeno jornal, talvez cúmplice do que em ciência aplicada chamamos de experiência laboratorial que, se der certo em células experimentais, pode ser ampliada.
O povo Suíço não ficou rico, próspero e culto da noite para o dia. Riqueza, prosperidade e cultura se constroem através dos séculos. Nos os perdemos desde o império e também após a nossa instituição republicana. Em função da nossa maldita política coronelista os perdemos, não pela falta de patriotismo de quem vem trabalhando duro para instruir-se, assimilar e desenvolver continuamente novas técnicas de gerenciamento produtivos de meios para enriquecimento, o qual não se dá só pela mera exploração, como afirmam os embusteiros socialistas. Como os que, agora, querem fazer os autores da política de inferior qualidade moral e técnica dos nossos dirigentes, de partidos (valha-me Deus: Quantos!) e em nossas cidades, estados e nação.  

País, não se deixe desgraçar pelos mal-informantes! Eles certamente passarão e amargarão o anonimato, se a nação não lhes der crédito.

Carlos Mendes.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

ONIOMANIA


Crônica de: Carlos Mendes

         Aquela tarde prometia, por isso encheu a bolsa de recursos numismáticos antes de sair de casa.
  Pegou taxi para não perder as promoções anunciadas nos estabelecimentos do centro da cidade, onde morava.
    O folheto com maia ofertas era o do super-mercado. Tirou-o da bolsa, cuidando para que as cédulas de cem reais não saíssem ao puxar o gordo folheto.
    No meio da tarde, entrava numa loja de inutilidades domésticas, folhas promocionais de outras lojas seguras numa das mãos e óculos de média distância na outra, para facilitar-lhe as comparações necessárias entre lojas concorrentes nos mesmos itens em promoção.
   Em cada loja ela ia depositando os objetos comprados no balcão dos porta-objetos, para depois retirá-los. Eram pacotes e mais pacotes, que no final da tarde encheram o porta-malas do felizardo taxista que levou-a às compras e agora voltava para levar a feliz compradora e passageira com suas compras, de volta para casa.
    Na semana seguinte, repetindo a costumeira cena das semanas posteriores às compras, ela saiu distribuindo os novos trastes comprados, pois lugar não havia em sua dispensa e armários para os guardar.



domingo, 13 de outubro de 2013

Lembranças...

Lembranças vivas do “Ricardinho” e de uma morte em vida

Passou por nossas vidas como alma sublimada em espelho de felicidade transcendental. Mas, amiúde o corpo a violava impondo sofrimentos àquele anjo.
Era este o meu falar referindo-me ao sobrinho velado ante outros tios ali presentes, conversando durante o velório entre choros e fungares comoventes.
E prossegui ante o vazar das lágrimas e os fungares: Sua alma se deleitava com as chineladas corretivas aplicadas com imparcialidade pela mãe nos bumbuns tanto dele, anjo excepcional que Deus nos dera, quanto do irmão mais velho, já cursando os últimos anos de boa faculdade de engenharia.
Estas ocorrências, retratando os sentimentos elevados que de comum se cultiva em famílias estáveis, onde o amor filial sobreleva-se a hipócrita questão: “que tenho eu a ver contigo”, me fez lembrar de um reverso fulgurante não merecido por todos, se uma força compacta e poderosa não nascesse da união puramente fraternal!
Um dia perquiri desse sobrinho ainda vivo, seus pés alargados, quase duas massas como que achatadas e quis saber a razão daquelas deformações!
“As vezes as dores que suporta são tão agudas e prolongadas que ele se auto mutila!...”
Minha compreensão dilui-se, lacrimosa! Não pela perda, mas pelo achado, embora em ambos os casos costumemos ser compungidos, parece que pela mesma perda, visto conformados com um vazio sepulcral. Um, de separação temporária, pela morte. Outro pelo rompimento, ainda em vida!
É quando a dor da descoberta que nos leva a julgar que nem todos parecem provindos dos mesmos pais, que ocorre decepção do descobrir que alguém quebrou, no próprio sangue, a hierarquia de amor que constrange as almas ao respeito dos sagrados laços de consangüinidade e fraternidade responsável!
Somos abençoados nas benditas lembranças, quanto amaldiçoados nas decepções que o “outro que não eu” da mesma genealogia nos lança em rosto.


Carlos Mendes 
13 de outubro de 2013 

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Roteiro de um novo romance

        Meus amigos e apreciadores de histórias romanescas.
        Apresento-lhes roteiro do novo romance que estarei trabalhando a partir do final deste ano, se Deus o permitir.

Carlos Mendes
10 de outubro/2013

Introdução


381 DIAS DE SAUDADE, VINHO, MULHER E GUERRA
                                                           Carlos Mendes

        Acabo de ler o Diário de um Expedicionário e por ora só atribuirei ao sujeito da autoria a designação “Expedicionário”.
        É, com certeza, um projeto literário que oferece à leitura duas oportunidades a quem o escreveu: ser a memória póstuma dele mesmo, provável expedicionário tombado em combate, ou então uma declaração jubilosa num “Gran Finale”  apoteótico que se prestaria a saudar o final da 2ª Grande Guerra Mundial, o que o seu autor acaba construindo antes de escrever o entusiástico “FIM” com letras maiúsculas, negritas e garrafais, antecedidas pelas palavras: “Chegamos aqui no Rio de Janeiro no dia 18 de julho de 1945. Então fechei para sempre o meu diário”.
        Nesta nota de encerramento, escapa o alívio da tensão opressiva que subjugou o expedicionário durante todo o tempo em que permaneceu em combate, sob o clamor de uma esperança que o Hino do Expedicionário lhe ensinara: “Não permita Deus que eu morra, sem que eu volte para lá”.
        A priori e sem o detido exame de escritor desafiado a pinçar as muitas cenas onde imperaram as tensões da alma do expedicionário, ao fazer aflorar o drama íntimo que ele viveu, poucas coisas me são permitidas adiantar sobre o muito que o diário pode oferecer às especulações de um Roteiro de Literatura, tarefa que certamente não alcancei totalmente. Mas eis o que posso escrever no momento:
        A temporalidade histórica do “Diário de um Expedicionário” é chocante!
        Ribeirão Pires, 15 de fevereiro de 2005.

Roteiro

        Ainda não conseguiria dizer se existem originalidades neste “Diário de um Expedicionário”, que acabo de ler. Por indicação de um funcionário da Livraria Cultura, visitei um site por ele recomendado e descobri que existem muitas obras escritas por ex-pracinhas da FEB, publicadas pela editora e, entre essas obras, um grande número de diários, tudo disponível na livraria. Se não indicar as costumeiras práticas comerciais inescrupulosas de editores, a informação será alvissareira[1].
        O estilo do diário já fazia supor a existência de muitas outras obras do gênero. Nele eu li registros que devem ser próprios do tensivo foco narrativo de obras do mesmo gênero, e creio mesmo que foram muitos os pracinhas que se entregaram a essas anotações sistemáticas dos fatos rotineiros na vida dos combatentes que se enfrentaram em terras européias, e isto desde o primeiro dia em que ocorreu o traumático recrutamento e durante todos os 7 ou 8 anos de duração da 2ª Grande Guerra Mundial.
        Mas posso aventurar-me a localizar pelo menos duas originalidades no trabalho literário do Diário que eu li. Primeira, o estilo poético que consegue tocar profundamente a nossa sensibilidade artística, e, segunda, a evidência de uma persistência linear no espaço e no tempo, sem hiatos entre os registros dos fatos que fazem nele despontar uma percepção aguda da elevada possibilidade do seu autor tombar em combate, o que ele repetidamente comenta diante do que me parece a resignação a que se entregou ao afirmar diversas vezes: “A guerra é assim mesmo” e ela se ganha com o cumprimento do dever cívico do cidadão; da necessidade que ele sente de conviver com o mais agudo desconforto pessoal e com o resignado destemor perante a morte, pois cumpre ser corajoso diante disso tudo, já que nos dois lados do fronte campeiam os mesmos horrores do trágico fim a que os combatentes estão sujeitos . Por isso convém rezar para que a vitória lhe seja dada, pois se a recebe, recebe-a em vida.
        O diário é um registro linear e sistemático de fatos que colocam o Expedicionário na tênue esperança de voltar para a pátria amada, sentimento toldado pela angústia do forte sentimento contraditório: “Acho que não voltarei”, o que o leva a rezar para voltar entre os vitoriosos, como lhe ensinava a letra do Hino do Expedicionário: “Por mais terras que eu percorra, não permita Deus que eu morra sem que eu volte para lá (...)”.
        E a capacidade de passar ao leitor as suas incertezas incomodantes e angustiantes, me parece, portanto, a grande originalidade do autor, o que confirma a convicção de ter feito a leitura de estados emocionais que a capacidade de ser poeta introjeta no leitor como uma identificação de objeto com os estados psicológicos do autor.
        Outro destaque a nomear é a técnica dos registros em alinhamentos cronológicos e sistemáticos dos fatos pontuais do Diário. Ela nos ajuda a deduzir o que deve haver de particularidades adotadas na esquematização de um longo período de preparação e treinamento dos combatentes até a culminância do ser combatente preparado para enfrentar o “batismo de fogo” numa 1ª linha de combate, metaforicamente o “ver a cobra fumar” alusiva à bandeira dos expedicionários brasileiros. E isto o Expedicionário faz sem entrar em detalhes daquilo que talvez nem conhecia tecnicamente. Talvez, sem o pressentir, ele entrou no esquema do que Jhon Rawis entende por “véu da ignorância” e foi colocado na posição de peça de combate sem conhecer essa posição que assume na vida real. E da maneira como escreveu, o Expedicionário nos faz caminhar passo a passo com ele até nos inserir na guerra como combatentes sujeitos às mesmas vicissitudes psicológicas que ele enfrentou pessoalmente.
        Talvez o combatente tenha sido preparado para a missão guerreira diante do véu da ignorância. Vem em primeiro lugar o reconhecimento de que “a pátria é a própria família, amplificada”, como Rui Barbosa já propusera no século 19. Então salvar a pátria é fazê-lo em nome do amor à família, fato é que em todas as guerras o recrutamento de recursos humano se dá no seio de famílias estáveis, donde o apelo do Expedicionário à conformação da estremecida mãe que tivera o seu filho escolhido para a missão patriótica. Durante o tempo que mediou entre a escolha em 1941 e o embarque em 1944, há uma prolongada preparação militar; há a conquista de uma noiva, talvez um símbolo de prêmio antecipado e de honraria nunca dantes sonhada, pois, afinal, é um expedicionário brasileiro e vai fazer parte de uma força que se propõe resolver um conflito armado por um louco que desejou conquistar o mundo todo.
        Durante a viajem há anotações que nos dão conta de uma tensão crescente que é evidenciada por uma solidão pessoal interior, da qual as imensidões do mar e do céu são dissertações paradoxais do que até ali entendia por seu mundo particular, íntimo e afetivo. Ele conta os dias; adianta o relógio para situar-se nos novos fusos horários; reconhece-se diante de uma trilha nunca dantes percorrida e essas tensões eu entendo como um novo e cruel condicionamento psicológico do combatente que, assim, vai tendo cortado o cordão umbilical que o liga à pátria, à mãe, à família e à noiva, das quais se apartou sem dar-lhes notícias (?). Há uma hipérbole na idéia impactante de um lugar neutro onde o Expedicionário se internará por tempo limitado e que terminará com a sua volta ou com a sua morte: a guerra.
        As distâncias são contadas do local onde ele se encontra para o destino a que o leva a sorte incerta e esta contagem aumenta a tensão e produz suspense em quem lê o diário. A sua nuca está voltada para a pátria, tão presente na recordação quanto o campo de batalha está no objetivo, pois é necessário estar logo nessa guerra para saber logo se sairá dela com vida: “Mal se chega à festa e logo se fala em voltar”, registra o expedicionário a sua aguda expectativa.
        A chegada a Nápoles coloca-o na região do conflito. Mas essa sensação de desconforto é atenuada pela distância a cobrir até as regiões onde as escaramuças estão acontecendo. Já próximo do fim da guerra, quando o inimigo enfraquecido contrai o seu campo de luta pela retirada dos seus efetivos, é que o Expedicionário começa a “ver a cobra fumar”, e então ele registra no seu diário a capitulação de um soldado alemão acossado pela fome, dando-nos conta das trágicas conseqüências da belicosidade de Hitler, figura de tantos outros loucos tiranos anteriores e posteriores a ele.
        Mas o Expedicionário está um pouco adiante de Nápoles, apenas adentrando a área do conflito e assentado em seu primeiro acampamento onde a “vida boa” é creditada ao vinho e às italianas. Registra então uma primeira notícia preocupante: Nápoles acabara de ser bombardeada. “Escapamos por pouco” escreve ele, talvez fazendo o registro de uma notícia que outros soldados escreveram nos seus próprios diários bem antes dele... Conjeturo se não seria esta uma estratégia psicológica usada no preparo das novas forças que seguiam para as linhas de combate e que ainda treinavam para o cruento enfrentamento. Aprendendo a matar, os pracinhas brasileiros também eram preparados para morrer.
        Para mim, o Diário do Expedicionário revela o véu da ignorância como pedra de toque no preparo dos combatentes. Afinal, são poucos os marechais e generais deste mundo louco a nos enfiarem nessas atrocidades chamadas de guerra, absurdos contra-sensos em forma de terrorismo e de conflitos outros que nos são dados enfrentar por causa da nossa incapacidade de construir paz duradoura. O Expedicionário, talvez sem o saber ou talvez por suprema elevação de espírito, desvenda a face cruel desses planejamentos nos altos gabinetes políticos, que só pudemos conhecer pelos seus registros carregados daquela gravidade que deveria governar as atitudes dos homens. Afinal, nascemos entre humanos e não entre bestas-feras, penso eu lendo as páginas do “Diário de um Expedicionário”, o que me parece o relato íntimo do drama psicológico que todos os combatentes enfrentam.
        Voltando às distâncias, ao correr do tempo, registros feitos com modéstia no Diário do Expedicionário, com aquela modéstia dos simples amontoados de documentos, por oposição ao trabalho de sistematização, como Aristóteles já o preferia nos estudos historiográficos, conjeturo sobre a arte de fazer guerra envolvendo nela “os outros que não eu”.
Conheci que os soldados eram colocados na frente de batalha e, se dela voltavam, ficavam algum tempo gozando a “vida boa”. Em todas as frentes. Em todos os agrupamentos, fossem os quatro homens do Expedicionário, fossem os dois sargentos, e assim por diante até aos oficiais que operacionalizavam as técnicas da guerra no campo de batalha. Os navios chegavam constantemente carregados de combatentes e isto durante todo o tempo em que a guerra durou, e no registro deste fato o Expedicionário abre a janela de sua alma e nos faz espreitar o que nela está inscrito sobre isto. Os navios traziam constantemente peças humanas de reposição para o seguimento do combate. “A vida boa” é um fato sem comentário adicional do guerreiro e escritor que, na solitude da alma é mais este do que aquele. Não declara a “vida boa” como o faria o psicólogo. Numa elevação de espírito própria de um poeta, o combatente não esclarece a conclusão como aquele o faria. Subliminarmente ele nos permite a passagem entre ela e o combate, e como poeta transmite a misteriosa comunicação, inscrevendo-a na alma do leitor que descobre nesse viés culto a “vida boa” como o ópio dos guerreiros. O Expedicionário me fez lembrar do prêmio consentido por Maomé aos seus guerreiros, deixando-os se apropriarem de vinte por cento dos despojos das nações vencidas, ópio dos cobiçosos!...
        A “vida boa” do Expedicionário resumia-se ao vinho italiano, que no Brasil jamais bebera com tanta regularidade, e as italianas. No vinho ele encontrava a embriaguez que anuviava as lembranças que ele justificou no discurso final do seu diário: “Procurem compreender-me”, proêmio do poema “Sorrisos”, que escreveu como apêndice. Eu creio que ele queria ser percebido desta e daquela forma e só Deus saberá se assim lhe fizeram ou não. Compungido eu aprendi que a guerra produz marcas profundas na alma dos combatentes e bem pode a mente construir o purgatório das culpas de responsabilidades assumidas em nome de uma mera construção histórica chamada sociedade humana.
        O “Diário de um Expedicionário” merece um Roteiro de Literatura mais extenso, que favoreça outras múltiplas leituras presentes no seu texto.

Carlos Mendes
Escritor e poeta. Autor de romances, tais como: “O Milênio e o Tempo”, “Os Pregnantes”e “Observatório do Inferno”




[1] Posteriormente este autor fez sua pesquisa, pelo que pôde emitir a afirmação feita na introdução.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013



“Soldados perdidos de arma na mão. No quartel lhes ensinam antigas lições.
De morrer pela Pátria e viver sem razão” 
Geraldo Vandré.

CARTA À GERALDO VANDRÉ 

Eu sempre gostei da arte...  /   Da música e do violão!   /  Por isso peço atenção  /  Ao pobre e singelo aparte /
Que mando cá desta parte   /  Ouvindo a tua canção   / E julgas, pelo teu lado,  /  "Perdidos de armas na mão..."  /  Do fundo do coração /  Que fala sobre os soldados /

 E vendo a toada bonita /  Que deste ao Maracanã / Não pude ficar teu fã  /  No meio de tanta grita, / Pois eu conheço a desdita Ao longo desta Nação / E sei que as armas na mão / Não andam sem resultado.  / Bendigo todo o soldado  / Que cruza o nosso torrão.

Não vi soldados perdidos / Na vastidão deste chão, / Se existem armas na mão / Também existem bandidos...
Gente que perde o sentido / Banhada em tola vaidade / E muito cedo se invade / Por cantilenas descrentes
Falando em nomes de gentes / Que nunca viu de verdade!

Andei por vales e serras / Sertões, caatingas e matas... / Não trago o ouro nem prata... /  Do fundo de tantas terras.
Fui muito feliz na guerra / E fiz gigantesca obra / A qual me deixa de sobra / Bom saldo na vida eterna
Pois trago a marca na perna / De três picadas de cobra...

Vibrei de emoção um dia / Ouvindo um primeiro trem / E a gente que o viu também / Chorava ali de alegria.
E em cada apitar sentia / O raio de nova aurora / Dos novos Brasis que agora,  / Surgiam naquelas frentes
No meio daquela gente / Que sofre mais do que chora.

Levei à Amazônia as cores / Do nosso verde e amarelo  / Fiz nosso Brasil mais belo / No passo dos meus tratores.
Semeei milhares de flores / Em terra vi gente nativa / Que a gente verde oliva  / Pisava por vez primeira
Levando junto à Bandeira / Mensagem mais que altiva.

Semeei milhões de dormentes / Sulcando terra brasileira. / Fiz coisas que na verdade / Nem eram para um tenente! /
Fiz partos e arranquei dentes... / Dei aulas, semente e pão. / Do povo - fiz a Nação /
E agora vem um Vandré / Dizendo que é tudo em vão!

Por isso sem ter violão / Também fabrico protesto / Pois vejo neste teu gesto / Pobreza de coração...  /
Que lança só confusão /  No meio do povo inculto  / Mas nada constrói de vulto / Olhando a tua Nação. /
Que te dá paz, luz e pão / Enquanto bradas estulto.

Que trazes junto contigo / Além do violão e o ouro?/ Cantando com tal desdouro /  Quem nunca negou-te abrigo /
Quisera ver-te comigo  / No fundo lá das fronteiras!/ Levando a nossa Bandeira / A terras de gente nossa /
E ver se ainda essa bossa / Ladrava dessa maneira.


Não temos velhas lições / No culto da tradição. / Pois ela forja a Nação / O povo das multidões /
Mas tuas fracas canções / Não sentem que esse argumento / É chama, é calor, é alento / É tudo nos bons ideais. /
Dos bons soldados leais / Que ofendes neste momento. /

Nação é povo idealista / Nação - é feita de ideais / Não são cantigas banais / Das folhas de uma revista /
Ninguém de pequena vista / Verá fundamento ou graça / Nas coisas que dão à raça / Sabor de grande Nação /
São coisas que o teu violão / Não troca pela cachaça...

Tu nunca viste outra frente / Sem ser a do castelinho / Por entre copos de vinho / Por entre uísque fluente.
Mal sabes que toda gente / "Perdidas de armas na mão" / É que te assegura o pão / De filho de papai rico
E evitam calar teu bico / De arauto da ingratidão.

Coitado de ti, meu filho / Que enterras um nobre alento / Com grito, sem fundamento / Que tanto ofusca o teu brilho /
Tu nunca viste em teu brilho / O pranto, a tristeza, a dor / Rodando em rico motor /
O sol lá de Ipanema / A praia do Arpoador...

Enquanto aumentas a prata / Na pompa dos festivais / Há gente boa demais / Lutando por entre as matas /
Levando vidinha ingrata / Sem água, sem luz, sem pão / Pregando a "velha lição" / Que aquilo é terra da gente /
E alguém precisa ir à frente  / Porque milhares não vão.

Alguém precisa ter raça / Porque milhares não têm!  / Alguém precisa também / Zelar por toda esta massa /
Antes que a voz da desgraça / Espalhe cantos bestiais / E à sombra dos festivais  / Cultivem gritos de guerra /
Fazendo de nossa terra / Sepulcro dos bons ideais.

Por isso faz heresia / Quem julga velha lição / Que foi-me posta na mão / Nos bancos da Academia /
E hei de sentir um dia / De ver meu Brasil de pé / Embora vários Vandrés / Se ponham no seu caminho /
Tentando lançar espinhos / Nas flores da nossa fé.

As flores que não mataste / Quando pisaste sobre elas / Pois são mais fortes e belas / Que aquelas que lá semeaste /
As tuas nascem sem haste / Sem brilho, sem luz, sem nada / As minhas nascem douradas / Com muito mais fundamento /
Deixando as tuas ao vento / Na poeira da minha estrada.

Desculpa se de meu posto / Respondo como soldado, / Não pude ficar calado / Com tal ofensa no rosto /
Senti profundo desgosto / Nos gritos da multidão / E vi que as armas na mão / Não podem ficar de lado /
Bendigo a voz do soldado / Que faz de um povo - a Nação!


(Itajubá, MG.- 10-11-68- João Batista da Silva Fagundes - Capitão Engenheiro)

Palhaços iguais ao Vandré nos deram o Lula, este com dois documentos: um brasileiro e outro italiano.


“Soldados perdidos de arma na mão. No quartel lhes ensinam antigas lições.
De morrer pela Pátria e viver sem razão” 
Geraldo Vandré

... Ou sem razão de ter pátria por ser um bobão, ou então um cagão contando basófia de valentão.
  Palhaços iguais ao Vandré nos deram o Lula, este com dois documentos: um brasileiro e outro italiano.
Carlos Mendes.