quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Nem o Diabo tem uma tal organização!


Horror e Estupor; Assombro e Pasmo arrepiantes!

        Coisas que nem o Capeta consegue inventar!

Como pode a sociedade civil brasileira continuar aturando o que o Estado Brasileiro vem produzindo através de organizações de políticos e não políticas?
Lembram do famoso neuro-cientista Miguel Laporta Nicolelis e o “seu” Instituto Internacional de Neurociência?
Leiam a reportagem, abrindo o link que vai abaixo indicado, após esta leitura!
O Lula e a sua quadrilha política perpetraram o impossível de ser aceito, o inaceitável!
Como pode gente “quadrúpede”, com exponencial de gigantesca grandeza, fazer o que fizeram e, agora, usarem até mesmo a produção científica para empobrecer-nos de modo tão aviltante, sem avanço nos nossos meios científicos?
No que estamos nos tornando, povo brasileiro?
Depois desta leitura, acessem o link abaixo recomendado!!!.
Organizem, sem cansaço que vos faça parar esta e tantas outras exigências de esclarecimentos os julgamentos dos fatos tão graves que temos presenciado; organizem correntes de internautas do norte ao sul; incluam nelas todos os políticos, seja a presidenta, senadores, deputados, prefeitos, vereadores e, principalmente, os soldados da pátria.
Vamos exigir esclarecimentos, e, sem ‘parança’, sem  perdermos o fôlego, exigir a prisão imediata dos políticos já julgados, e o prosseguimento dos julgamentos de todos os políticos corruptos deste país, principalmente o Lula e FHC, este, esfacelador de nossas forças armadas, pertençam eles a que partido for, pequeno, nanica, grande ou macros-partidos. Quem fica boiando ao sabor das ondas malignas produzidas pelo poder político nada nesta joça de país somos nós, SOCIEDADE CIVIL, de onde esses bandidos surgiram, pelo nosso voto???
Conclamem bloguistas, titulares de sites; todos os pequenos jornais regionais existentes em todas as cidades do Brasil inteiro!

VAMOS DAR UM “BASTA!” AO NOSSO SISTEMA POLÍTICO DE VOTAÇÃO DIZENDO:  CHEGA DE URNAS ELETRÔNICAS! E, MAIS: QUEREMOS VOTAÇÕES DISTRITAIS!

EXIJAMOS IMEDIATAMENTE A FORMAÇÃO DE PEQUENAS CÉLULAS DE VOTAÇÃO QUE POSSAM SER CONTROLADAS PELOS CIDADÃOS ELEITORES EM SUAS REGIÕES.
SE NOS NEGAREM O PLEITO DESTE LEGÍTIMO PODER, ESTARÃO NEGANDO A SOBREVIVÊNCIA DO “ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO”. ENTÃO, DEVEREMOS ORGANIZAR, COM URGÊNCIA E FORMALMENTE, BASES POPULARES DE REPRESENTAÇÕES CIDADÃS,  JURIDICAMENTE RECONHECIDAS, SE PRECISO FOR, PARA PEDIRMOS FORMALMENTE AJUDA DE ORGANISMOS INTERNACIONAIS, COMO, POR EXEMPLO, A “O.N.U”

S O C O R R O, M U N D O  L I V R E ! ! !

NÃO SEJAMOS MAIS BESTAS DE ACEITARMOS AS URNAS ELETRÔNICAS!
ELAS ESTÃO VOTANDO POR NÓS! Estão “hacheando” a votação, ou seja, deixando-a ao gosto dos grande grupos políticos. 

QUEREMOS POLÍTICOS E NÃO ESTES PATIFES QUE ESTÃO NA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DE NOSSA PÁTRIA!

INFELIZMENTE,  NOSSOS IRMÃOS BRASILEIROS DESPROVIDOS DE ESCOLARIDADE PODEM NÃO ENTENDER ISTO. ENTÃO PRECISAM VOTAR EM PEQUENAS COMUNIDADES (células), ONDE A INFLUÊNCIA DE PARCEIROS ELEITORES COM INSTRUÇÃO POSSA PRODUZIR UM BOM JULGAMENTO POLÍTICO, SEM DESPREZO, É ÓBVIO, DOS IRMÃS QUE, PELA SECULAR POLÍTICA FEUDAL BRASILEIRA, NÃO CONSEGUIRAM INSTRUÇÃO (É BOM LEMBRARA AQUI, QUE NO BRASIL A INSTRUÇÃO SUPERIOR NÃO PASSA DE 6 OU 7 POR CENTO, ENQUANTO NA VIZINHA ARGENTINA HÁ UMA POPULAÇÃO COM MAIS DE 30% DE CIDADÃOS COM INSTRUÇÃO SUPERIOR.

LEIAM.

http://www.riograndedonorte.net/2012/12/17/em-natal-instituto-internacional-de-neurociencias-enfrenta-apagao-cientifico/

Argumento organizado por Carlos Mendes (RG: 3.770.029)
amigosdasletras@terra.com.br
http://egeneto.blogspot.com

Artigo de Mendes Carlos


O susto da falta de água no deserto
                                            Carlos Mendes

Em 20/01/2012 eu li no Blog da Dilma e no http://molinacuritiba.blogspot.com, sob assinatura de Daniel Pearl Bezerra, um artigo sob título: “É assustador o tráfico de água doce no Brasil”.
Por favor, leiam mais este ensaio de bravata da desfibradora neo-esquerdopática PeTralhalhada, e voltem a temer o despreparo do Estado Brasileiro para "arrotar soberania"* sobre os nossos mananciais amazônicos jorrando aos borbotões, e "à salinização"** no Atlântico, a nossa água doce e limpa.
Como estamos a nos comunizar, hoje um "estratagema de povo idiota" que tenta ressuscitar o regime espúrio, que a própria grande nação que primeiro o adotou, sepultou-o a décadas! 
Pesem o fator “prevalência[1] na relação entre o nosso Brasil, de tal modo raquítico em poder de persuasão - raquitismo que nestes vinte e cinco últimos anos foi fortemente agravado pela sufocante rapinagem provinda da aliança espúria entre o “poder político”,  unificado entre si e o  “capitalismos apátrida” -, que conseguiram, finalmente, imobilizar o nosso exército nacional, o que nos afoga dentro de um poço de pobreza político-cultural abissal, cujo fundo não se consegue ver.
Calculem o efeito da empreitada: “Levar vantagem[2] no jorrar abundante dos nossos mananciais de água doce”. Pesem a atitude dos nossos “bufões” cuspindo bravatas e intimidações frente aos aparentemente tímidos, mas de fato valorosos conhecedores de sua força interior a aguardarem a aparente iniciativa de ataque, para com sua incomensurável “prevalência” meterem bofetadas e depois uns chutes nos traseiros dos bufões que ousaram atacá-los em função do domínio que se imaginavam capazes de defender. Pensem na guerra das Malvinas!...
No Brasil, (antes cantada “pátria amada”), o poder de coerção[3] é estritamente interno e o necessário junto a malta[4], indefesa por força de sua péssima herança cidadã.
Para “malta”, tomem lá abaixo o significado que melhor se aplique às vossas asserções pessoais.
 (Artigo publicado em 20/01/2012) 


* e ** Marcação sarcástica do autor ao comparar a bravata à possibilidade tecnológica de preservar em um incomensurável depósito, toda a água doce que o nosso grande  rio Amazonas despeja no Atlântico, oceano  que banha tantos continentes!!!


[1] Prevalência, (pre.va.lên.ci:a) sf. 1. Qualidade ou condição de quem ou do que prevalece; SUPERIORIDADE; SUPREMACIA; VANTAGEM: A vitória do time marcou a prevalência da garra sobre a técnica. [F.: Do lat. praevalentia.]
Nota do Autor  Qualidade ou condição de quem ou do que prevalece. O estado de soberania se define pelo domínio; pela prevalência, que é mais do que um estado de superioridade e de supremacia do que de vantagem, pois esta depende do proveito, do lucro oriundo da situação de poder explorar o lucrativo, o proveitoso, e isto com a primazia da vitória que se pode alcançar contra as forças adversas.
[2] vantagem s. f.s. f.
1. Qualidade do que está adiante ou superior. = SUPERIORIDADE; 2. Situação ou posição que corresponde a um benefício em relação a algo ou alguém. 3. Lucro; proveito. 4. Economia. 5. Primazia. 6. Vitória.
[2] coerção s. f  s. f.
1.        Acto.Ato.Ato de coagir (toma-se sempre à boa parte, no que difere de coacção.coação.coação). 2. Direito de repressão.
3 malta (origem duvidosa) s. f. s. f.
1. Reunião de gente de baixa condição. = ESCÓRIA, RALÉ, RANCHO; 2. Grupo de trabalhadores agrícolas que se desloca, temporariamente, à procura de trabalho. 3. Grupo de pessoas de má índole ou desordeiras. = BANDO, CATERVA, SÚCIA; 4. Gente sem escrúpulos, sem carácter.caráter.caráter; 5. [Informal]   [Informal]  Grupo de pessoas com actividades.atividades.atividades ou interesses afins; 6. Vida de divertimento e ociosidade. = FARRA, GANDAIA; [Informal]   [Informal]  a malta: locução que corresponde semanticamente ao pronome pessoal nós, mas gramaticalmente a uma terceira pessoa do singular (ex.: a malta está pronta), e designa o grupo em que se integra quem fala ou escreve. = GENTE; andar à malta: andar fugido. casa de malta: casa onde moram muitas pessoas de baixa condição e que não têm parentesco entre si. fazer-se à malta: safar-se.




sábado, 23 de fevereiro de 2013

A poesia de Mendes Carlos

Da coleção: "O Vento Girou", convidada a participar da Primeira Festa Lutrária do ABCD, em 2.009


A recaída do filho pródigo

Vergado sob jugo cruel,
Faminto e sujo até a alma,
Olhar sofrido pela dor
Desejando alívio ao terrível fel
Tirando-te o sono e a calma,
Tu parecias um traste sem valor.

Ninguém olhava para ti
E todos passavam ao largo,
Evitando sentir o teu mau cheiro.
Olhaste para mim e eu te vi,
Feição tristonha, olhar amargo!
Abri-te os braços para ter-te inteiro.

Limpei-te e te vesti com garbo,
Ofereci a ti minhas riquezas
Porque te amei como a um filho.
Mas tu preferiste o espinhoso cardo
Que te ferira com as asperezas
E escureceu-se em ti o meu viçoso brilho.

Volta para mim, rebelde rebento,
E confessa-te arrependido
Que te perdôo, pois te amo muito.
Tu não sejas instável como o vento,
Oscilante como um perdido
Caminhando nesse viver fortuito.



A monção
Incomodante arrepio
Sobe dos pés cruzando o vau.
E as águas de enregelante frio
Repete um pensamento mau
Surgido a instantes, quando o brio
Da saúde fértil e corporal,
Passou qual ânimo fugidio
E abateu sua moral.

Chegando a falda da montanha
Ergueu o olhar ao alto cume
E pareceu-lhe que a façanha
De escalá-lo era um lume
Que se apagava na entranha
De quem sente ciúme
Daqueles que, sem artimanha,
Exalam força qual perfume.

Não era o frio, mas a velhice,
Anuiu ele em pensamento,
E ficou triste com a chatice
De conviver com o ornamento
Da falsidade sobre a calvície
Cobrindo o côco sem filamento.
Peruca tola, patetice
De quem disfarça o argumento!   

Soprando com regularidade,
O vento em sua solicitude
Trouxe consigo a saudade
Do longínquo verão da juventude,
Quando então, a vaidade,
É a habitual atitude
Daqueles que, sem maldade,
Rejubilam-se nessa virtude.


O último olhar de um desacampado  

Ao calor da chama crepitante
Aquecendo pensamentos triunfais,
Fez-se atendo a um tema importante
Da história da vida, ou seus anais.

Em princípio, memória intrigante
Dos desejos ditos animais.
Depois a obrigação oscilante
De criar filhos como os demais.

Sucedeu essa memória vacilante
O sabor da vida temperada em sais,
Prudência que deixou-o confiante.

O lenho se apagou como os ais
Longínquos de quem fora arrogante.
Menos um entre os muitos arraiais.


Torrentes radicais

Rodo, que rodas as vagas
Das mágoas que correm no chão,
São muitas as lágrimas
E as puxas dos pisos que piso
No surfe de ondas
Que rolam aos molhos
Dos meus tristes olhos


O Necessário e o Contingente

Beleza apreensível vem após a dor
E o seu gozo intenso formata-se em Amor.
Portanto o perder é necessário
Para avultar o valor do relicário.

O incrível postulante do “eu merço”
É contingência de um alto-apreço
Do indivíduo remarcado
Pelo preço de um vintém furado

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Leia, tome nota e entre nessa


I M P O R T A N T E!
Carlos Mendes indica:

LEIA - SEM FALTA -, O CONTEÚDO DO LINK ABAIXO:

http://mail.terra.com.br/105.0trr/reademail.php?id=18886&folder=Inbox&newwin=

Incrível! Este link não surte mais efeito. O que aconteuceu-lhe????

E depois, se quiser, continue amando a pobreza, o sub-desenvolvimento, o indigno viver covarde de brasileiro frouxo, rendido ao poder político “podre” implantado à décadas para nos maltratar e humilhar! Continue sendo burro, sendo estrangeiro de coração e com carteirinha de petista.

Mas se você é brasileiro de fato. Amante da classe dominante (a sociedade civil que a todos engloba, especial e indistintamente, e depois, em segundo plano, mas também dentro da sociedade civil, os políticos). Se você é brasileiro de corjoso, indigne-se pra valer depois de ler o link que acima recomendei.
Carlos Mendes
RG 3.770.O29
Sem medo de morrer por uma pátria verdadeiramente livre, mãe justa e gentil para com os seus filhos

Sobre mim afirmo: “Não me convém mais ver os rumos que a pátria toma; porque sofro demais pensando no futuro de minhas gerações. Creio, particularmente em Deus, e isto com certeza de salvação eterna outorgada por seu filho, Jesus Cristo, sabendo eu que minha fé so pode ser salvação para mim, não valendo por acúmulo para mulher ou filhos meus! Mas, ai daqueles que vivem sem a minha fé (assim a Palavra Eterna de Deus adverte): Perecerão duas vezes: Aqui nesta pátria seqüestrada pelos políticos da pior índole na face da terra, pensando serem livres quando na realidade são escravizados politicamente; e, posteriormente, com padecimento eterno. E não se perece eternamente sem uma sobrevida de eterna morte horrenda, que é a vida de “bons” ou “maus”, segundo os medíocres pensamentos religiosos que acham que são as religiões os veículos salvadores, e não e tão somente Jesus Cristo, o Filho de Deus imolado na cruz pelos nossos pecados.
Depois de ler o link, consulte um “não petista” a razão de ser de tão grande transformação nele relatada.

Um chargista verdadeiro


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Parênese



A Natureza e o Homem

Se Conheceram  depois do ato criativo.
Olharam ao redor e apreciaram a harmonia do todo.
A Natureza envaideceu-se ao ver-se bela, agradável e boa; o homem traçou planos construtivistas para criar um portal que exaltasse o belo daquele envaidecer, pedindo à natureza: - “Dá-me quatro mudas daquela grande árvore do jardim.
Sem pedir esclarecimento a Natureza atendeu o pedido do homem, que abriu um caminho reto cortando o bonito prado ondulado, por ele cultivado. Depois plantou duas mudas das árvores à direita de uma baixada e outras duas à esquerda.
Por  cerca de dois séculos as árvores cresceram entrelaçando os seus copados, que formaram entre si densa folhagem, que o homem aparou sobre o  caminho que abrira, dando ao copado forma de um portal.
A Natureza perguntou-lhe a razão de ser daquele expediente construtivista e o homem respondeu-lhe:
—- Deus deixou-te para a minha morada, depois de recolher para o céu o lindo Jardim do Edem, de onde expulsou-me,  
devido a transgressão de minha mulher, seguida da minha. Tu és, ó Natureza, a parte da criação que nós corrompemos e lugar para onde fomos expulsos do formoso Jardim de Deus.
Então preparei-te com as duas árvores um portal que me lembre de um dia ultrapassá-lo pelo arrependimento, para voltar à minha morada no Édem, Jardim de Deus.
E por quanto tempo nele permanecerás, perguntou a Natureza.
Eternamente, respondeu o homem, visto que arrependi-me da desobediência e Deus perdoou-me.
E a tua mulher? - insistiu a Natureza.
Pergunta a ela, pois com certeza não posso afirmar nada por ela.
E eu? voltou a natureza a perguntar.
Serás desfeita, mas sem sofrimento, pois alma não tens!

De: Carlos Mendes, inspirado na bela gravura recebida de minha irmãzinha Fidalma Guarini








Crônica


Digestões

As operações de minhas vísceras abdominais, remoendo os elementos antes encharcados da saliva durante a cuidadosa mastigação, enfatizam a eficiência do procedimento anterior.
Sinto-me bem disposto, e sem desgosto me levanto, tiro a mesa e ponho-me a lavar, enxugar e a guardar os pratos, travessas e talheres. Assim ocupado, faço os cálculos da necessária caminhada, complemento virtuoso de minha digestão.
Isto é apenas um sonho besta passando pela insistência produtiva dos pensares, em mim, riquezas que consistem nas produções intelectuais das virtudes que me faltam. Vejo, então, que me ocupo tão somente da boa digestão intelectual. Isto, porque desprezo as práticas? Que responda a letra de um cancioneiro evangélico, que a tempos eu ouvi: “O coração do homem pode fazer planos (...) esquadrinhar as condições do mundo e o destino desta vida. Mas, a resposta certa sempre será e sempre virá, tão somente de Deus.”
As respostas dos homens eu as conheço, pois sou da mesma espécie, ou seja, a que deixou de ser semelhança Daquele que tem “a resposta certa”, podendo, então, uma resposta provinda do meu descaimento presumir a falsa existência de sabedoria superior; neste caso, se o ouvir não estiver Dela municiado para oferecer resposta como solução ou refutação, faz do ouvinte uma praça sem defesa contra ataques e ocupações injustificadas, pois há respostas “esgrimistas”, que classifico fúteis, ociosas e inúteis para esclarecer questões e fatos com definições claramente proveitosas ao uso da razão...
... E isto tudo surge no recôndito de minhas lucubrações. É, e ao menos me encontram com o estômago cheio...

Carlos Mendes,
Escritor e poeta 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O assunto que não pode calar II


Homossexuais e os dois feitos da imagem
        
       Diz o psiquiatra que a imagem protege a intimidade das pessoas, pois ela existe para isso. “É uma forma de defesa que permite que a pessoa não exponha os traços mais íntimos de sua personalidade para qualquer um”, acrescenta Paulo Gaudêncio, psiquiatra pela Associação Médica Brasileira, pois a superexposição romperia a imagem, surgindo a pessoa que encarna. Mas quando a imagem manda na pessoa em vez desta mandar naquela, o estado do paciente pode se tornar patológico.
       Na semana em que FHC empunhou a bandeirinha do movimento “Orgulho Gay”, pelo menos dois apresentadores muito ladinos, que exploram a ostentosa massa difusa que dá Ibope, não só aqui no Brasil como em todo o mundo, levaram para os seus programas alguns  casais  homossexuais para falarem desse inexplicável orgulho. Perguntado a uma “madame” como os “filhos” sob o pátrio poder do “casal” reagiam aos arroubos das carícias de amantes trocadas entre o “casal”, pois estranhariam ao ver dois homens ou duas mulheres envolvidos por elas, disse o “ela”, que era ele, que as reservavam para os locais onde podiam ocultá-las das crianças. Essa “madame”, se o dizer do psiquiatra não esconder asserções mais reservadas à esfera que lhe é própria, tinha sido bem “domesticada” pelo cientificismo praticado nas clínicas das almas, quando se usa este verbete em oposição a espírito. Como uma ema a esconder a cabeça deixando o seu grande corpo de fora, a “matriarca” sente que não poderá  ser  recriminada por nada, desde que nada se ofereça ao testemunho ocular “das crianças”.
         Mas assim como os filhos um dia descobrem que não foram trazidos ao mundo pela cegonha, também os tutelados por casais homossexuais descobrirão um dia que nenhum dos seus tutores tem parceiro ou parceira de sexo oposto e concluirão então que convivem com um paradoxo que tenta atribuir-se qualidade de família.
         A geração à qual eu pertenço conviveu melhor com essa coisa amorfa, pois os pederastas e as lésbicas não conseguiam tirar a “capa” e confundiam a sua identidade com a sua imagem, que é o estado patológico referido por psicólogos, psicanalistas e psiquiatras ao afirmarem que isto ocorre quando a imagem passa a mandar na pessoa; e cumpre hoje ser mandatário sobre uma imagem irreal, pois o homem e a mulher homossexuais não precisam mais tirar a “capa” diante de uma sociedade que o tem como igual, pois assim o assegura o liberalismo dos direitos individuais.
         A nossa sociedade hodierna está pagando altíssimo preço pela falta de discernimento dos direitos constitutivos da honra, da disciplina e do dever no seio das famílias, quando falamos nos direitos inalienáveis de cada indivíduo, esteja ele ou não no estado de “conduite”, palavra francesa que o André Lalande define como o estado de uma pessoa que governa bem – isto é: com saúde mental – os seus impulsos. E podemos até abdicar do estudo  da complexa estrutura mental  para  bem definirmos  o estado sexual bom,  pois o estudo da anatomia do corpo revela bem as funções de cada um dos nossos órgãos, e o bom senso moral e  ético não recriminam o bom uso dos órgãos nas suas funções específicas, mas sim o abuso, que o equilíbrio emocional pode perfeitamente evitar.
         Então o enfoque da problemática da homossexualidade não passa por um reconhecimento social do valor genuíno dessa prática sexual, pelo que se poderá atribuir legalidade a ela, prática,  ainda que a toleremos por efeito da estima de que todos são merecedores, quando entendemos necessário o suportarmos com paciência esse mal social até que lhe extirpemos as causas.
         Voltando às crianças vivendo sob a tutela de pais homossexuais, lembramo-nos também da desfaçatez do argumento de uma mulher que teve uma filha com um homem, do qual se separou para não continuar recebendo os maus-tratos que a afligiam. Depois da separação ela uniu-se como fêmea a outra mulher, dizendo que finalmente encontrara a felicidade, pois além de satisfazê-la sexualmente a parceira não a maltratava.
         A filha dessa mulher tem muito pouca probabilidade de encontrar a sua própria identidade e há pelo menos duas possibilidades para ela ser infeliz. A primeira, tornar-se parceira num relacionamento homossexual igual ao da mãe, pois pai é que não tem, estigma que a acompanhará até o final da vida, ainda que   possa  ser  reconhecida  como  cidadã  protegida pela lei, que é outra falácia do “orgulho gay”, pois jamais a lei o protegerá, senão de possíveis ofensas causadas pela natural repulsa a comportamentos distintivos da anti-criação; a segunda possibilidade de ser infeliz estará presente no seu sentimento de culpa diante da possível constatação de ter contribuído, embora involuntariamente, para a inscrição na mente dos seus colegas de escola e amigos da idade o conceito de legitimidade de seu meio familiar, podendo no futuro vir a constatar que essa desgraça atingiu outras mentes inocentes, quanto o era a sua na ocasião em que a sua mãe depravou-se. Mas não faz mal, desde que a insaciável mãe de tão sórdida escolha esteja a gozar as delícias sexuais que a sua mente doentia escolheu.

Carlos Mendes

domingo, 17 de fevereiro de 2013

IDEIAS

Feliz João Fumaça


Lendo A Felicidade Obrigatória, do escritor e jornalista Walcyr Carrasco, publicada em revista nacional, rumei a tempos passados e recentes. "... a felicidade ficou tão efêmera quanto os últimos lançamentos da moda. É traduzida por símbolos: a roupa de grife, o carro novo, o vinho caro, o restaurante elegante. Quanto mais sucesso, mais difícil tal felicidade". No quase final, de sua lúcida crônica, lê-se: "... alegrias momentâneas, que se esvaíram como fumaça". Realidades incontestes, porém invisíveis na visão supérflua daqueles de menor formação humanística. Ouvi de empresário, incluído entre os mais afortunados dos anos oitenta, a frase seguinte: "Dinheiro não dá felicidade para aqueles que não sabem comprar". Acreditava que adquirindo bens materiais os mais luxuosos. Recebendo pedidos de banqueiro para aplicação no Overnight de seu banco, com o objetivo de totalizar a cota exigível pelo sistema financeiro. Ver-se bajulado na classe empresarial. Ser notícia no mundanismo social. Mostrar-se o suprassumo do êxito. Era tudo. Não foi. Enquanto isso, em mesma época, lá em Aquidabã, pequeno município sergipano, sobrevivia um órfão de pais, da Terra e do Poder. Sem ninguém e sem vintém, comeu da caridade pública, relegado ao deus-dará. No rabo da enxada, lavrou. Desafiou o Sol por anos. Enfrentou secas. Pescou, vendeu pelos arruados, fez-se trocador de ônibus, funcionário municipal, vereador e, por final, sebista. Hoje, João Evangelista dos Santos é milionário. De felicidade. Não a comprou. Soube buscá-la. No Sebão, Mercado de Aracaju, entre os livros, perguntem ao João Fumaça seu segredo.

Geraldo Duarteadvogado administrador e dicionarista 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Crônica


Coprófagos

Era o turno da meia-noite de um dia e mês de 1953 ou 4, iniciado há pouco mais de duas horas, quando ouvimos um estrondo seguido de clarão sobre a unidade de óleo cru, primeira da série de unidades que funcionavam a partir dela, na Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, também primeira a entrar em funcionamento no Brasil. Aquela primeira turma de técnicos brasileiros especializados em operação de petroquímicas, mantinha a refinaria em funcionamento há apenas dois meses.
Eu e os meus três colegas da TG, como chamávamos a unidade de tratamento de gasolina, pressentimos por aqueles sinais uma tragédia acabada, que em seguida confirmaríamos ao ver os três corpos estorricados dos companheiros sobre o chão de pedra britada da Crude Oil Unit.
Passados poucos meses dessa tragédia, um do nosso turno, que trabalhava na mesma unidade dos colegas vitimados, e também artista iniciante na nobre carreira de pintor de quadros, ganhava seu primeiro prêmio com o seu trabalho: “Explosão”.
Mas, para as apreciações em geral, tem uma classe de gente que se diria inferior à classificação de medíocre; seus representantes, na opinião deste cronista, não tiveram capacidade para compreender aquela dor compartilhada pela primeira turma de operadores, o que o seu colega e artista tão bem a expressou em sua obra, ao misturar um punhado de argamassas com cores flamejantes arremessadas com força numa tela!...
Quantas e sucessivas tentativas terá feito o Joanis de Morais para  ver acabada a realização de sua inspirada técnica!... E, depois, as críticas mordazes de gente besta, o que mais há neste mundo de Deus!... Gente tonta e reprimida que se desmerece ao debochar de tudo quanto há de melhor no embelezamento dos relacionamentos humanos, onde preponderam as expressões artísticas em geral. Se comparássemos essa gente pelo bom alvitre dos gourmets, afirmaríamos sobre ela, que faz cara feia por desrespeito e não por falta de apetência ante os excelentes repastos por estes outros artistas e bons cozinheiros supervisionados pelos competentes gourmets. E também diríamos que encontramos coprófagos entre os depreciadores das artes plásticas plasmadas pelo barro, gesso, cera ou plasticina.

Carlos Mendes