Olhai além!...
Um
homem de avançada
idade
Olhou
um campo muito grande
E
de escara viu uma multidão
coberta,
E
descoberta pelo avatara em estande,
Grande
proporção
de urbe sem dignidade
Caminhando
para a morte eterna e certa.
São escravos, do
pecado à
venda
Pelo
preço
de um vil ceitiu,
Ou
de míseros
centavos, na pechincha,
De
quem incha procurando senda
Que
o leve célere
a um querer febril,
Ao
qual com prazer o algoz o pincha.
O
ancião
vê
a infeliz estampa
E
pede a Deus a força
da juventude,
Pois
há
embargo contra a ansiada lida,
Brida
obrigando o passo a se deter na campa,
Fim
da esperança
de beatitude
E trágico morrer de muitas pobres vidas.
A Inflorescência
e a Geada
Lourejadas pelo sol setembrino,
Racemosas plantas em vergel de flores
São mostras dos ardorosos amores
Dispensados em palácio
divino.
Farfalhando ao sopro do vento,
Olorosas vicejam no monte,
Onde à noite roreja uma fonte
Derramando do céu
novo alento
De inveja, por serem formosas,
Quer matá-las maldoso aquilão
De astúcias cruéis e
famosas
Espreitando do setentrião
Ele assopra as brisas tinhosas
Que esfriam o ardor no coração
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