terça-feira, 20 de agosto de 2013

É bom voltar a ler... E divulgar!

Não tenho esfera de cristal. Certo passarinho(*) freqüentador de janelas que certas vezes me contava coisas de arrepiar foi assassinado.

O indefeso passarinho, que treinava para se tornar boquirroto como o ministro Gilmar Mendes, bobeou e virou jantar. Terminou a vida  como vítima de um gato que mora no meu bairro e, pelo jeito, o tal gato tem como sonho de consumo mudar-se para Brasília e saborear ratos de trato especial e foro privilegiado.

Diante disso tudo, só posso imaginar o que tenha ocorrido no encontro do mês passado no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, com participação do ex-presidente Lula e do ministro Gilmar Mendes, na condição de convidado. 

A propósito e sempre convém lembrar, Jobim é aquele que, em livro laudatório, confessou ter colocado na Constituição artigos não submetidos aos deputados constituintes, seus pares de então.

Jobim ficou famoso por inventar um empréstimo de equipamento de “interceptação telefônica das Forças Armadas para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), tudo para ajudar Gilmar Mendes a derrubar o delegado Paulo Lacerda da direção da agência: Jobim foi desmentido pelo comando do Exército.

Para o crime organizado e os corruptos em geral, a contribuição de Jobim foi significativa quando da sua passagem pelo Supremo Tribunal Federal. Ele levantou a tese, e provocou o oferecimento de uma emenda constitucional que está em tramitação no Parlamento, de que o Ministério Público não pode apurar a autoria e a materialidade de crimes. Só a polícia — que está no poder Executivo e cujos membros não gozam de garantias iguais aos magistrados judicantes e do Ministério Público — pode realizar investigações. 

Voltando ao escândalo Mendes-Lula-Jobim. Para Gilmar Mendes, o ex-presidente Lula fez pressão para conseguir adiar o julgamento do Mensalão (será que Lula pensa que Gilmar Mendes, para usar uma expressão popular, “tem  bala da agulha para isso” e num órgão colegiado onde a sua presidência representou uma tragédia e  deixou o Judiciário muito mal avaliado pelo cidadão-comum?). Em troca do favor, Lula teria oferecido “blindagem” a Gilmar na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Aliás, blindagem igual àquela que o deputado petista Cândido Vaccarezza (ontem foi o único a votar contra a quebra do sigilo bancário da Construtora Delta no Rio de Janeiro) concede ao governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro.

De todo esse imbróglio, alguns dados objetivos surgiram e espantam. Ontem, Mendes desancou Lula depois da nota do ex-presidente a desmentir o ministro Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

Nos seus vitupérios que o colocam exposto a uma ação penal de iniciativa privada por crime contra a honra, Gilmar Mendes afirma que “gângster, bandidos e chantagistas” tentam, evidentemente no interesse dos réus dos processos, melar o julgamento do chamado Mensalão. Mendes, no tiroteio que promove, alveja até o delegado aposentado Paulo Lacerda, que ele, Gilmar Mendes, com a mentira de ter sido vítima de “grampo” quando conversava com o senador Demóstenes Torres, procura colocar como um dos comandantes da operação para desacreditar o STF: uma leitura isenta mostra que Mendes se refere a ele como se fosse o STF.

Para o ministro Mendes existem bandidos a atuar na tentativa de ajudar outros bandidos (réus do Mensalão). Ou seja, Gilmar Mendes já prejulgou. E prejulgar, com declarações à mídia escrita e televisiva, é algo corriqueiro na sua carreira de ministro, apesar de a Lei Orgânica da Magistratura proibir expressamente. Mais ainda, proíbe até ele ser dono de uma instituição de ensino jurídico. Mas, quanto a isso, ele não dá a menor bola.

Pelo teor do seu pronunciamento, Mendes mostrou ter perdido, definitivamente, o equilíbrio emocional para julgar o tal Mensalão. Sobre o Mensalão muitos podem dizer, menos os ministros julgadores fora de hora, ter sido, até pelo Valérioduto instalado, um dos maiores esquemas de corrupção de políticos da história do Brasil.

Além do “jogo” ter terminado 2×1 (versões coincidentes de Lula e Jobim e posição isolada de Mendes), o ministro Gilmar Mendes colocou-se em impedimento, aliás, como Dias Toffoli, para julgar com isenção. Sobre o impedimento, e para usar imagem futebolística a gosto de Lula, é tão visível que bandeirinha e juiz não entrariam em dissenso. Nem a torcida reclamaria. A galera do Mensalão, no entanto, ficaria alegre e feliz com tão bisonho impedimento.

Como Lula é esperto e populista, Gilmar Mendes, boquirroto e incapaz de uma postura altiva e compatível com a de um magistrado (comparece a encontros políticos e até já foi chamado por José Serra durante julgamento sobre documento exigido para eleitor poder votar), fez, para usar a sua conclusão e expressões, o jogo do bandido. 

Pano rápido. O imaginativo ministro-decano, Celso de Mello, teria alguma conjectura sobre ter sido tudo uma grande armação de modo a Gilmar Mendes poder se afastar do julgamento? 

Wálter Fanganiello Maierovitch 


113  comentários

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Demolidor de Palermas

30/05/2012, 16h23
O atributo maior de um Magistrado digno do cargo é a capacidade de manter o equilíbrio... Gilmar está totalmente descompensado, destemperado, dando chiliques, revelando um temor típico dos que temem porque devem... O STF não pode ter em seus quadros, participando de decisões que definem os rumos do país, um juiz sem sobriedade, que envergonha seus pares com seu comportamento destrambelhado, que fala fora dos autos, infringindo à Lei Orgânica da Magistratura, que não respeita a liturgia do cargo e que diminui a estatura da mais alta Corte do país.....


Daniela Daniel

30/05/2012, 16h22
Justo Veríss..ops justo imparcial.....menos , menos...deixe a torcida de lado nos comentários..tá afetando a visão política dos fatos...


Justo Imparcial

30/05/2012, 16h21
Milton de Marques diz que o Justo e Imparcial nada tem de justo e imparcial.Sobre a VEJA, calou-se.


Justo Imparcial

30/05/2012, 16h21
Se Gilmar diz a verdade, entao Gilmar cometeu crime de improbidade, ao nao dar voz de prisao a Lula.Se Gilmar mente, entao Gilmar comete crime contra a honra, pela calunia lançada.Conclusao: Gilmar é criminoso.


Milton de Marques

30/05/2012, 16h19
O Justo e Imparcial, de justo e imparcial não tem nada. hahahahaha


Luiz Henrique de Sousa

30/05/2012, 16h18
Sua conclusão Walter não tem sentido: mesmo porque o histórico de vida das pessoas envolvidas, bem como a vida atual das pessoas envolvidas escancara quem está falando a verdade. Vossa Senhoria parece acreditar que este tal de Jobim é uma pessoa honesta e que este tal de Lula (maior criador de gado do Brasil, patrocinador do Mensalão, anti imprensa, falso pobretão e analfabeto) também é honesto.O que Vossa Senhoria conclui portanto, é insano.Claro que Gilmar Mendes fala a verdade. Isto é evidente e notório.


Augusto Villela

30/05/2012, 16h11
É curioso o petismo. Os lulista de todas as esferas e os que já deixaram o poder atacam da maneira mais sórdica todos aqueles que contrariam seus interesse. Enquanto isso obrigam que suas vítimas sejam altivas e serenas como se não estivessem causando danos à imagem, honra, dignidade dos agentes políticos e das instituições que garantem o regime democrático que permitiu sua ascensão ao poder.


Carlos Mendes

30/05/2012, 15h59
Esta culminância do grande escândalo eivado da maior e da mais pura sem-vergonhice jamais dantes vista neste país, a qual leva o nome de um 'bagrinho' nas estampas desta notícia: Gilmar Mendes, leva-me a querer enfiar-me numa caverna, para viver pra sempre como um troglodita.O Gilmar é certamente 'Mendes' do mesmo e único ramo familiar que floresceu desde a emancipação da Santa Terrinha, de onde me veio o pai, para mim e para mais cinco irmãos, o mais velho falecido já a nove anos.Foi de um esperma de um Mendes, fecundando óvulo de uma 'Ligeiro' que eu e os outros cinco nascemos. Foi de um nobre ancestral Mendes, que o País-Estado de Portugal foi organizado por ordem de Dom João (IV ou V, não me ocorre agora, com certeza).Esse meu pai Mendes deu-me exemplos grandiosos de honradez em todas as facetas comportamentais de minha vida, acrisolando-me, juntamente com o comportamento, tácito, mas de igual grandeza, da Hilda, minha estremecida mãe! Gilmar (infelizmente de sobrenome Mendes, é do mesmo ramo Mendes de família potuguesa) exijo, como brasileiro, que ainda venhas a recobrar a coragem para “meter a boca na trombeta, se ainda desejas recobrar a honra que carrega o nosso sobrenome, essa honradez que soube aportar no Rio de Janeiro, vindo da Santa Terrinha. Por enquanto, permaneces unido com quem te merece, Gilmar, que preciso se faz evitar 'calar', e isto por precisão nacional, pois qualquer um que venha suceder a catástrofe de todos os tipos representados pelo caráter do Lula, chaga moral que transcende o próprio termo “Imoralidade” e que é a antítese de todos os atributos  merecedores da nomeada de um ente moral, quanto mais de um “Presidente do Brasil!”., pátria  tão precisada de tornar-se para todos os brasileiros a grande nação dos sonhos de todos nós todos.
Carlos Mendes, Escritor, poeta e ex-colunista do jornal de circulação diária 'Diário do ABC'

(*) Nota atual: Segundo se pode provar, tivemos dois “passarinhos” cujos assassinatos antigos estarrecem-nos, pelo legado maldito da falta de justiça entre nós: Celso Daniel e o Zeca do PT, respectivamente, prefeitos PeTitstas de Santo André e de Campinas, o que nos faz supor, com segurança uma série incalculável de outros crimes políticos nesta era negra lulista..

Que afronta nos faz hoje em dia a “grande” mídia, ao elaborar, neste mês de julho de 2013, “pesquisa de intenção de votos dando ao infame lula 52% de intenções de votos, o que nos mostra que o “petismo” tem hoje em caixa muito mais do que o nosso próprio Tesouro Nacional; que a força de persuasão militar no Brasil é franca e particularmente petista; que na mente de estróinas” como o Lula, pode mais aqui no Brasil a coalizão política: Cuba, Venezuela, Bolívia e Brasil, do que o concerto entre as grane potência mundiais! Isto “cheira mau”, porque pode repetir-se aqui a loucura de um Hitler, só que, no nosso caso, com um Lula muito mais insignificante do que o “louco de bigodinho”, este tão ébrio pelo poder do que aquele, que  pode levar-nos a vexames  muito maiores do que “perder as Malvinas para os ingleses!”

Terça-feira, 20 de agosto dde 2013

Meu Deus: “Ou ficar a pátria livre do petismo, ou morrer pelo Brasil!”                    




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