terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Artigo de Geraldo Duarte


Profetas do fim

                                                                                                               Geraldo Duarte*

Cruz, credo! Valha-me Deus!
Desde o principiar dos tempos, agourentos profetas sonham com o fim do mundo e marcam datas.
Paulo de Tarso em 60. São Clemente em 90. Santo Hilário em 365. San Martin de Tours em 400. O antipapa Hipólito de Roma e o cristão Sextus Julius Africanus indicaram o ano 500, com exceções para 1000 e 2000.
1033, exato milênio da morte de Jesus, haveria o cataclismo. Para Gioacchino da Fiore, 1205, e o Papa Inocêncio III, 1284. A Peste Negra, 1346, o aviso inicial. 1669 foi o preferido dos Velhos Crentes russos.
De 1689 até 1891 mais de uma dezena de aprendizes de adivinhadores também erraram. 1914 ocorreria à guerra do Armagedom, segundo a Watchtower Bible and Tract Society, indo até o término do globo. Como não aconteceu, houve reprogramações para 1915, 1918, 1920, 1925, 1941, 1975 e 1994.
O metereologista Alberto Porta previu a explosão do Sol e a extinção da Terra para 17 de dezembro de 1919. Depois, 1936. E, 1975, o desfazimento do Planeta.
1948, 1953, 1960, 1967, 1978 e 1980 serviram às escolhas de pastores norte-americanos, piramidologistas e astrólogos escoceses.    
O reverendo Moom apontou 1981. John Gribbin, físico, e Stephen Plagemann, astrônomo, tinham 1982 como o ponto final.
Fundadores de religiões outras escolheram 1986, 1987 e 2000 para a destruição mundial.
No próximo dia 21, solstício de inverno e último registro do Calendário Maia, garante o escritor belga Patrick Geryl o acabar do mundo.
Já o professor Dante Abrantes caçoa. “O único scabuuummmm! previsível, se muito, fulminará dois Zés... no mais, perfume de rosa.”.   

                                                                                                                                          
 *Geraldo Duarte é advogado, administrador e dicionarista.

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