CONCEITOS, PRINCÍPIOS E CONTRADIÇÕES
Princípio
não é só começo, mas também um bom ponto de partida para bolarmos coisas
melhores a fazer.
Convivemos
com pluralidade de objetos, onde se contam Deus, a família e a pátria, entre
outros mais, e dentro de nós estão os objetivos. E tenho como certo que ser
objetivo é saber casar bem as objetividades com as subjetividades.
Não é
que eu queira ser moderno, como é costume definir as personalidades de nossos
tempos tidas como rebeldes. A questão aqui é tentar comportar-me como pessoa prática,
e isto no sentido de ser costumeiro, habitual e de praxe considerar tudo no
mundo objetivo sob a ótica de minhas subjetividades.
Conheci
um filósofo que concordou comigo, quando a essa inter-relação objetividade/subjetividade
escreveu o seguinte, sob a ótica de certo tema teológico: "Todas as coisas
existentes podem ser classificadas em dois grupos: O que está dentro do homem,
e o que está fora dele. O que está dentro é o mundo subjetivo, e o que está fora,
mundo objetivo. Naquele há apenas necessidades e poderes pessoais, sendo neste
que nós encontramos a satisfação de todas as necessidades do mundo subjetivo. O
segundo depende do primeiro para o seu progresso e este depende daquele para a
satisfação das suas necessidades. A fé é o meio pelo qual estes dois mundos se
ligam." [1]
Então
onde entra a contradição? Eu diria que são duas as formas que ela assume: viver
“no mundo da lua”, que é o sonhar e não agir pelos meios compatíveis da boa
natureza criada por Deus; ou agir sem antes considerar as subjetivações que emanam das ponderações e dos princípios que
Ele passou à única criatura moral criada à sua imagem e semelhança, esse homem
para quem o Criador organizou a Terra dos Homens, título que tomo emprestado do
notável romance escrito por Saint-Exupéry.
Assim
como não podemos, por nós mesmos, fazer o mundo melhor se melhores não nos
tornarmos seguindo o padrão traçado pela Suma Perfeição, também não veremos um mundo
melhor se não houver em nós o propósito de melhoria espiritual que atenda esse padrão. É triste pensar que há quem se conforme com as excelências
já conquistadas a nível de ensinamentos meramente humanos.
Carlos Mendes
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