Humanware
(VSCT - Vida sob controle
total)
Quando as impressões represadas pelas eclusas inconscientes sofrem
algum abalo moral, os sentimentos aparecem fortuitamente revelados no
comportamento.
O fato é sugestivo, mas nos confunde quanto à importância do seu
antecedente, enquanto estímulo externo alheio a nossa vontade, ou inclinação
para repudiar ou aceitar o bem ou o mal.
Entre os fatores internos temos a chamada razão pura, que pelas
boas práticas da ética e da moral humanas atribuídas ao ser da criação divina,
deveria acionar uma espécie de reação anafilática moral provinda da noção do
bom, do verdadeiro e do certo na formação do sistema imune.
Senso moral e consciência moral são inseparáveis da vida cultural,
como nos ensinam alguns filósofos ao definir o padrão de comportamento de um
étimo da espécie humana. O saber modifica o estado da fé, parte significativa
da nossa humanidade e esta mudança nem sempre é operada na relação: mais saber,
melhor comportamento.
Isto nos faz refletir sobre o que seja o homem holístico e,
segundo a fé cristã, somos levados a considerar o homem como o ser moral da
criação, único com duas naturezas: material (cuja existência depende da alma) e
espiritual (cuja vida para sempre depende de Deus).
Temos no corpo códigos genéticos, podendo, neste particular, a
cognição[1] ser
melhor dotada em função de um complexo neural mais desenvolvido, o que favorece
as capacidades intelectuais. Os códigos morais são assimiláveis pelo espírito,
sendo por esta razão que a teologia bíblica afirma que está morto pelo pecado o
espírito do homem que não nasce de novo, o que ocorre na seqüência: fé em
Cristo, arrependimento, surgindo daí o alto-exame comparativo entre o que somos
e as exigências de Deus - expressas nas virtudes de Cristo - e a confissão pela
qual alcançamos o perdão seguido da conversão que nos faz entender que “é em
Cristo que se passa a viver, e não mais em nós mesmos” (Gálatas 2:20)
Ao se dar crédito a esta teologia, entende-se que está no espírito
a possibilidade de o homem exercer o controle total da sua qualidade de vida.
Razão e fé são, portanto, duas coisas
diferentes, ainda que uma concorra para a consecução da outra. Pelo cogito
ergo sun, máxima filosófica declarada
por Descarte ao estabelecer a possibilidade da racionalidade, ficamos
sabendo a razão de existimos: “Penso,
logo existo”, existo como o ser racional da criação. Mas, conforme entendemos
pela teologia bíblica, esse conhecimento não torna possível um modo melhor de
existência, pois para esta consecução concorre o que passa a ficar inscrito por
Deus no espírito do homem: “Em Cristo passei a viver para sempre!”2.
Carlos
Mendes
2 Romanos 14:7 a 9; mais extensamente:
Romanos 6:1 a 13.
[1]
Segundo FLEMING e CALDERWOD:
“Conhecimento, no sentido mais amplo, especialmente, interpretação de uma
impressão sensorial.
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