Uma dissecação precisa sobre o caráter e personalidade do
Lula, que nos levq à certeza do ganho fraudulento nas urnas
eletrônicas em 2006.
A CAMINHO DOS 99,9999995
Há poucos dias, a imprensa anunciou
amplamente que, segundo as últimas pesquisas de opinião, Lula bateu de novo
seus recordes de popularidade e chegou a 84% de avaliação positiva. É,
realmente, algo “nunca visto nesse país” e eu fiquei me perguntando o que
poderemos esperar das próximas consultas populares.
Lembro-me de que quando o Lula chegou aos
70% achei que ele jamais bateria Hitler, a quem, em seu auge, a cultíssima
Alemanha chegara a conceder 82% de aprovação. Mas eu estava enganado; nosso
operário presidente já deixou para trás o psicopata de bigodinho e hoje só deve
estar perdendo para Fidel Castro e para aquele tiranete caricato da Coréia do
Norte, cujo nome jamais me interessei em guardar. Mas lula
tem uma vantagem sobre os dois ditadores, se realmente aqui as pesquisas
refletem verdadeiramente o que o povo pensa, pois, enquanto em Cuba e na Coréia
do Norte as pesquisas de opinião lembram o que se dizia dos plebiscitos
portugueses durante a ditadura lusitana: SIM, Salazar fica; NÃO, Salazar não
sai; brancos e nulos sendo contados a favor do governo... (Quem nunca ouviu
falar em Salazar, por favor, pergunte a um parente com mais de 60 anos).
Portanto, a popularidade de Lula ainda
“tem espaço” para crescer, para empregar essa expressão surrada e pedante, mas
adorada pelos economistas. E faltam apenas cerca de 16% para que o Lula possa,
com suas habituais presunções e imodéstia, anunciar ao mundo que obteve a
unanimidade dos brasileiros em torno do seu nome, superando até Jesus Cristo ou
outras celebridades menores que jamais conseguiram livrar-se de alguma
oposição...
Sim, faltam apenas 16%! Mas eu tenho uma
péssima notícia a dar a seu hipertrofiado ego: pode tirar o cavalinho da chuva,
cumpanhero, porque de 99,9999995% você não passa.
Como você não é muito chegado em
Aritmética, exceto nos cálculos rudimentares dos percentuais sobre os
orçamentos dos ministérios que você entrega aos partidos que constituem sua
base de sustentação no Congresso, explico melhor: o Brasil tem 200.000.000 de
habitantes, um dos quais sou eu. Represento, portanto, 1 em 200 milhões, ou
seja, 0,0000005% enquanto os demais brasileiros totalizam os restantes
99,9999995%. Estes, talvez, você terá, porque não há força neste ou em outros
mundos, nem todo o dinheiro com que você tem comprado votos e apoios nos
aterros sanitários da política brasileira, não há, repito, força capaz de mudar
minha convicção de que você foi o pior dentre todos os presidentes que tive a
infelicidade de ver comandando o Brasil em meus 65 anos de vida.
E minha convicção fundamenta-se em um
fato simples: desde minha adolescência, quando comecei a me dar conta das
desgraças brasileira e a identificar suas causas, convenci-me de que na raiz de
tudo está a mentalidade dominante no Brasil, essa mentalidade dos que valorizam
a esperteza e o sucesso a qualquer custo; dos que detestam o trabalho e o
estudo; dos que buscam o acesso ao patrimônio público para proveito pessoal;
dos que almejam os cabides de emprego, as sinecuras e os cargos fantasmas; dos
que criam infindáveis dinastias nepotistas nos órgãos públicos; dos que
desprezam a justiça desde que a injustiça lhes seja vantajosa; dos que
enriquecem através dos negócios sujos com o Estado; dos que vendem seus votos
por uma camiseta, um sanduíche ou, como agora, uma bolsa família; dos que são
de tal forma ignorantes e alienados que se deixam iludir pelas prostitutas da
política e beijam-lhes as mãos por receber de volta algumas migalhas do
muito que lhes vem sendo roubado desde as origens dos tempos; dos que são
incapazes de discernir, comover-se e indignar-se diante de infâmias.
Antes e depois de mim, muitos outros
brasileiros, incomparavelmente melhores e mais lúcidos, chegaram à mesma
conclusão e, embora sejamos minoria, sinto-me feliz e honrado por estar ao lado
de Rui Barbosa. Já ouviu falar nele? Como você nunca lê, eu quase iria
sugerir-lhe que você pedisse a algum dos seus in contáveis assessores que lhe
falasse alguma coisa sobre a Oração aos Moços... Mas, esqueça... Se você souber
o que ele, em 1922, disse de políticos como você e dos que fazem parte de sua
base de sustentação, terá azia até o final da vida.
Pense a maioria o que quiser, diga a
maioria o que disser, não mudarei minha convicção de que este País só deixará
de ser o que é – uma terra onde as riquezas produzidas pelo suor da parte
honesta e trabalhadora é saqueada pelos parasitas do Estado e pelos ladrões
privados eternamente impunes – quando a mentalidade da população e de seus
representantes for profundamente mudada. Mudada pela educação, pela
perseverança, pela punição aos maus, pela recompensa aos bons, pelo exemplo dos
governantes. E você Lula, teve uma oportunidade única de dar início à mudança
dessa mentalidade, embalado que estava com uma vitória popular que poderia
fazer com que o Congresso se curvasse diante de sua autoridade moral, se você a
tivesse. Você teve a oportunidade de tornar-se nossa tão esperada âncora moral,
esta sim, nunca antes vista nesse País. Mas não, você preferiu o caminho mais
fácil e batido das práticas populistas e coronelistas de sempre, da compra de
tudo e de todos. Infelizmente para o Brasil, mas felizmente para os objetivos
pessoais seus e de seu grupo, você estava certo: para que se esforçar, escorado
apenas em princípios de decência, se muito mais rápido e eficiente é comprar o
que for necessário, nesta terra onde quase tudo está à venda?
Eu não o considero inteligente, no nobre
sentido da palavra, porque uma pessoa verdadeiramente inteligente, depois de
chegar onde você chegou, partindo de onde você partiu, não chafurdaria nesse
lamaçal em que você e sua malta alegremente surfam, nem se entregaria a
seu permanente êxtase de vaidade e autoidolatria. Mas reconheço em você uma
esperteza excepcional: nunca antes nesse País um presidente explorou tão bem,
em proveito próprio e de seu bando, as piores qualidades da massa brasileira e
de seus representantes. Esse é seu legado maior, e de longa duração: o de haver
escancarado a lúgubre realidade de que o Brasil continua o mesmo que Darwin
encontrou quando passou por essas plagas em 1832 e anotou em seu diário: “Aqui
todos são subornáveis”. Você destruiu as ilusões de quem achava que havíamos
evoluído em nossa mentalidade e matou as esperanças dos que ainda acreditavam
poder ver o Brasil decente antes de morrer.
Você não inventou a corrupção brasileira,
mas fez dela um maquiavélico instrumento de poder, tornando-a generalizada e
fazendo permear até os últimos níveis da administração. O Brasil, sob você,
vive um quadro que em medicina se chamaria de septicemia[1] corruptiva. Peça ao Marco
Aurélio para lhe explicar o que é isso. Você é o sonho de consumo da banda
podre desse País, o exemplo que os funcionários corruptos do Brasil sempre
esperaram para poder dar, sem temores, plena vazão a seus instintos.
Você faz da mentira e da demagogia seu
principal veículo de comunicação com a massa. A propósito, o que é que você
sente, todos os dias, ao olhar-se no espelho e lembrar-se do que diz nos
palanques? Você sente orgulho em subestimar a inteligência da maioria e ver que
vale a pena?
Você mentiu quando disse haver recebido
como herança maldita a política econômica de seu antecessor, a mesma política
que você manteve integralmente e que fez a economia brasileira prosperar. Você
mentiu ao dizer que não sabia do mensalão; mentiu quando disse que seu filho
enriqueceu através do trabalho; mentiu sobre os milhões que a Ong 13, e sua
filha, recebeu sem prestar contas; mentiu ao afastar Dirceu, Palocci, Gushiken
e outros companheiros pegos em flagrante; mente quando, para cada platéia, fala
coisas diferentes, escolhidas sob medida para agradá-las; mentiu, mente e
mentirá em qualquer situação que lhe convenha.
Por falar em Ongs, você comprou a
esquerda festiva, aquela que odeia o trabalho e vive do trabalho de outros,
dando-lhe bilhões de reais através de Ongs que nada fazem, a não ser
refestelar-se em dinheiro público, viajar, acampar, discursar contra os
exploradores do povo e desperdiçar os recursos, que tanta falta fazem aos
hospitais.
Você não moveu uma palha, em seis anos de
presidência, para modificar as leis odiosas que protegem criminosos de todos os
tipos neste País sedento de justiça e encharcado pelas lágrimas dos familiares
de tantas vítimas. Jamais sua base no Congresso preocupou-se em fechar ao menos
as mais gritantes brechas legais pelas quais os criminosos endinheirados
conseguem sempre permanecer impunes, rindo-se de todos nós. Ao contrário, o
Supremo, onde você tem grande influência, por haver indicado um bom número de
Ministros, acaba de julgar que mesmo os condenados em segunda instância podem
permanecer em liberdade, até que todas as apelações, recursos e embargos sejam
julgados, o que, no Brasil leva décadas. Isso significa, em poucas palavras,
que os criminosos com dinheiro suficiente para pagar os famosos e caros criminalistas
brasileiros podem dormir sossegados, porque jamais irão para a cadeia.
Estivesse o Supremo julgando algo que interessasse ao seu grupo ou a suas
inclinações ideológicas, certamente você teria se empenhado de corpo e alma.
Aliás, Lula, você nunca teve idéias,
apenas ambições. Você jamais foi inspirado por qualquer anseio de Justiça.
Todas as suas ações, ao longo da vida, foram motivadas por rancores, invejas,
sede pessoal de poder e irrefreável necessidade de ser adorado e ter seu ego
adulado. Seu desprezo por aquilo que as pessoas honradas consideram Justiça
manifesta-se o tempo todo: quando você celeremente despachou para Cuba alguns
pobres desertores que aqui buscavam a liberdade; quando você deu asilo a
assassinos terroristas da esquerda radical; quando você se aliou à escória do
Congresso. Aquela mesma contra quem você vociferava no passado; quando concedeu
aumentos nababescos a categorias de funcionários públicos já regiamente pagos,
às custas dos impostos arrancados do couro de quem trabalha arduamente e ganha
pouco; quando você aumentou abusivamente as despesas de custeio, sabendo que
pouquíssimo da arrecadação sobraria para o investimentos de que tanto carece a
população; quando você despreza o mérito e privilegia o compadrio; e vai por ai...Justiça,
ora a Justiça, é o que você pensa...
Você tem dividido a nação, jogando
regiões contra regiões, classes contra classes e raças contra raças, para tirar
proveito das desavenças que fomenta. Aliás, se você estivesse realmente
interessado, como deveria, em dar aos pobres, negros e outros excluídos as
mesmas oportunidades que têm os filhos dos ricos, teria se empenhado a fundo na
melhoria da saúde e do ensino públicos. Mas você, no íntimo, despreza o ensino,
a educação e a cultura, porque conseguiu tudo o que queria, mesmo sendo inculto
e vulgar. Além disso, melhorar a educação toma um tempo enorme e dá muito
trabalho, não é mesmo? E se há coisa que você e o Partido dos Trabalhadores
definitivamente detestam é o trabalho; então, muito mais fácil é o atalho das
cotas, mesmo que elas criem hostilidades entre as cores, que seus critérios
sejam burlados o tempo todo e que filhos de negros milionários possam valer-se
delas.
A imprensa faz-lhe pouca oposição porque
você a calou, manipulando as verbas publicitárias, pressionando-a
economicamente e perseguindo jornalistas. O que houve entre o BNDES e as redes
de televisão? O que você mandou fazer a Arnaldo Jabor, a Boris Casoy, a Salete
Lemos? Essa técnica de comprar e de perseguir é muito eficaz. Pablo Escobar
usou-a com muito sucesso na Colômbia, quando dava a seus eventuais opositores
as opções: “O plata; o plomo”. Peça ao Marco Aurélio para traduzir. Ele fala
bem o Espanhol.
Você pode desdenhar tudo aquilo que aqui
foi dito, como desdenha a todos que não o bajulem. Afinal, se você não é o
maior estadista do planeta, se seu governo não é maravilhoso, como explicar
também a popularidade? É fácil: políticos, sindicatos, imprensa, ONGs,
movimentos sociais, funcionários públicos, miseráveis, todos estes você comprou
com dinheiro, bolsas, cotas, cargos e medidas demagógicas. Muita gente que
trabalha, mas desconhece o que se passa nas entranhas de seu governo,
satisfaz-se com o pouco mais de dinheiro que passou a ganhar. Tudo, então, pode
se resumir ao dinheiro, e grande parte da população parece estar disposta a
ignorar os princípios da honradez e da honestidade e a relevar as mentiras, a
corrupção, os desperdícios, os abusos e as injustiças que marcam seu governo em
troca do prato de lentilhas da melhoria econômica.
É esse, em síntese, o retrato do Brasil
de hoje... E, como se diz na França, “l’argent n’est tout que dans lês
siècles ou lês hommes no sont rien”. Você não entendeu, não é mesmo? Então
pergunte à Marta. Ela adora Paris e há um bom tempo estamos sustentando seu
gigolô franco-argentino...
Escrito por
anônimo em 2006, acatado e endossado por mim
Carlos Mendes
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