Meditações no
Evangelho de João, Capítulo 15:1 a 3
1
- Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai
é o lavrador.
2 - Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.
2 - Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.
3 - Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho
falado.
Das Meditações:
Das Meditações:
Enquanto apliquei esforço intelectual
para apreender os ensinamentos de Jesus contidos nesta passagem, eu só consegui
apreciar a beleza estética da parábola, gênero culto de literatura.
A parábola é uma espécie de alegoria ou
apólogo com ensinamento moral, gênero que já encontrara antes nas famosas
fábulas “A formiga e a cigarra”, “O Cordeiro e o Lobo”, escritas por La Fontaine na renascença
literária francesa, entre outras muito conhecidas. A parábola é um método empregado
no discurso por meio do qual as verdades morais e religiosas se ilustram pela
analogia com fatos da vida comum.
Muitos ensinamentos de Jesus são riquezas
desse gênero literário que conhecemos nas parábolas (que não podemos confundir
com a fábula, gênero que também explora a alegoria como forma de inculcar uma
verdade em que falam animais ou seres inanimados). Portanto, na qualidade de
homem, Jesus nos legou muitos tesouros literários. De homem para homem ele
falou o que os seus apóstolos registraram, construindo um acervo literário
simples e acessível, porém erudito.
As expressões alegóricas impressionam o
sensório, onde a nossa sensibilidade é ativada, favorecendo o surgimento de um
fenômeno psíquico-neurológico conhecido como cognição (1)
A passagem em João, 15, impressionou-me
durante muitos anos, e recentemente esforcei-me para compreende-la em toda sua
profundidade intrigante, quando apliquei-me em pesquisas hermenêuticas(2)
e epistemológicas(3). Desse esforço não resultou mais do que novos
reconhecimentos superficiais. Com esses equipamentos não consegui senão uma
visão melhorada do texto literário. Entendi, então, que faltava a revelação
presente no texto, pois ele não expressava apenas o falar de um homem
admirável, mas os ensinamentos incomparáveis do Onisciente. E ao sentido do que
Deus fala só é possível chegar por revelação do próprio Deus. Como isso
aconteceu comigo, já experimentado em muitos desses insight’s(4)?
Com certeza esquecera-me de buscá-lo em João, 15. Coisa intrigante o que a miúdo
se passa conosco. Portanto, que ninguém se encha de jactância, disse eu para
mim mesmo ao lembrar-me do que a própria revelação de Deus tantas vezes me
ensinara.
Inclinei-me então para buscar a revelação
de Deus nesse texto e a iluminação começou a brotar naturalmente. Eu argüia
Deus sem pressa, passo a passo, versículo por versículo e Dele recebia de
revelação em
revelação. Respostas simples eu recebia em doses continuadas.
Vez ou outra a iluminação tardava, mas não me afligia pois estava cheio de fé condicionada à certeza que havia
tesouros infinitos na passagem. Após a primeira semana, continuava buscando
esses tesouros. Aos que já cheguei, vou mostrar. Mas não pensem os leitores
estas linhas, que os tesouros se esgotam pelas mostras do que me foi dado entender
da parte de Deus, pois outros sempre estarão à disposição dos que, sem pressa,
começarem a se abeberar nesta pequena passagem cheia de fontes inesgotáveis de
revelações dos mistérios de Deus, aliás, contingências presentes em toda a
Escritura Sagrada, confirmando-se isto pela fé de quantos se achegarem à Bíblia
(Palavra de Deus) crendo que Ela é a única revelação de Deus para todo homem
que Nele crê.
Vejam que
coisas simples eu tenho para contar:
Argüi o
versículo 1 da passagem bíblica que abre esta meditação, e entendi que Deus
continua trabalhando na sua lavoura e cuidando da única videira que nela está
plantada, pois se não houvesse mais trabalho a fazer na lavoura não haveria
mais a figura do lavrador: “Meu pai é o lavrador”, ensina Jesus. A menção “meu
pai é” firmou a minha fé no tempo presente e procurei saber quem acabara de
falar-me e achei então Jesus falando comigo no presente e através do texto.
Falava comigo no presente e estava presente nas palavras do texto. Falou “eu
sou a videira verdadeira” e revelou-me que estava sob os cuidados de um
lavrador que era o seu pai ao dizer-me: “e meu pai é o lavrador”:
Quem falava
comigo não estava sozinho no mundo - mundo e lavoura de Deus com uma única
videira nele plantada -, única e videira verdadeira, pelo que era única. Portanto,
não havia outra do mesmo gênero, e como a revelação é no presente, presente na
lavoura, que é o mundo, ela no mundo continua. A videira não está solitária num
ermo, pois nele também está o lavrador e também eu, que também estou nesse
tempo presente. Era um encontro de três na lavoura: a videira o lavrador e eu.
Descoberto que
a videira é Jesus, passo a ouvi-lo falar as palavras do versículo 2 e entendo
que ele continua falando da videira e dos cuidados do lavrador. Agora a videira
é referida pelo pronome pessoal “mim”. Jesus personaliza-a em si mesmo como
fonte produtora de frutos, para esta finalidade plantada na lavoura (Mundo) do
agricultor. E argüindo o sentido da comparação, precisei socorrer-me nos
versículos seguintes onde me identifiquei como um ramo natural daquela videira.
Em primeiro lugar, entendi que na videira não havia ramos quando o agricultor
plantou-a na sua lavoura e que, então, já era videira antes de ser plantada. O
agricultor não a fez nascer de um ramo ou de uma semente. Plantou uma videira existente
antes de ser plantada na lavoura (mundo). Em segundo lugar eu entendi que é na
lavoura que ela recebe os ramos onde nascerão os seus frutos. Para isso são
recebidos, para que se tornem mais produtivos pelo trabalho do agricultor, que
poda os ramos que não cumprem a finalidade de frutificarem e limpa os parasitas
de natureza diferente dos ramos da videira para que não consumam a seiva vital
que alimenta os ramos para a produção dos frutos que lhe são próprios. Em
terceiro lugar eu entendi que ao lavrador interessa melhorar o vigor natural de
ramos produtivos, para que os frutos se multipliquem sempre em maior escala.
Recebendo esta
revelação na qualidade de vara enxertada na videira, confirmei então que a
minha finalidade como homem no mundo (ramo da videira na lavoura do agricultor)
é a produção.
Ao versículo 3 não preciso argüir, pois das
revelações dos dois primeiros resultou a confirmação do fazer parte do corpo de
Cristo (videira da lavoura de Deus). Mas, do que se revelou outra vez à minha
argüição, confirmou-se a revelação que de fé em fé vou xperimentando: Revelação
animadora, que de Jesus recebo diuturnamente: Ele me tem limpado. Então exulto ao
descobrir-me vara produtiva e cheia de vigor para a reprodução do amor de Deus
no mundo, porque “Deus é amor” (João 3;16; 1 Coríntios 13; 1 João 4:8 e 4:16)
Caminharemos juntos, abeberando-nos nos demais
versículos desta parábola?
Manifeste-se assinalando com um sinal após:
SIM_________ NÃO _________, enviando sua resposta, acrescida ou não de
comentários, para:
Pr. Manuel Mendes
Jr.
Ministro na Igreja
Batista na IV Divisão, distrito de Ribeirão Pires, SP
Carlos Mendes, 81
http://egeneto.blogspot.com
Ex-Evangelista
pela Convenção Batista do Estado de São Paulo.
Diplomado Escritor
e Poeta da cidade de Ribeirão Pires, SP (Diploma anexo)
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