Lembranças ancestrais
Carlos Mendes
Depois de
bisavô, nebulosas
Sombras que
só vemos em fotos
Por serem
de passados remotos
E sem recordações
amorosas.
Ninguém
tem memória de quem
Viveu num
antanho distante,
Perdido
em lembrança errante,
De um
outro, que lhe quis bem.
A tua
lembrança de alguém
Torna-se ela
cambiante
Doutro
seguindo bem adiante
Por isso
não podes ir além
Da
compreensão que o outro tem,
Do teu
movimento andante[1].
Soneto
com um pouco das culturas filológica e antropológica
(Baseado
no Romance das Palavras do filólogo Pedro Luft, Ed. Ática / Verbetes: ABAVÔ, ABAVÚNCULO E ABÂMITA)
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