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quinta-feira, 23 de junho de 2011
O
que a leitura faz pela humanidade?
" Nunca li um livro inteiro.
Na época da escola, copiava os
resumos
da internet para fazer
as provas."
Thor Batista,
para Veja Rio
Semana passada li essa citação na revista
Veja nacional, na mesma hora minha mente começou a fervilhar.
Para quem não conhece, o autor dessa
declaração é nada mais nada menos do que o herdeiro primogênito do 6º homem
mais rico do planeta, o Sr. Eike Batista, detentor de um patrimônio na ordem de
30 bilhões de dólares.
Relevando que o rapaz só tem 19 anos, e que essa declaração refere-se a uma época mais imatura de sua vida, vi além do indivíduo e fiz a seguinte reflexão.
Thor não é um jovem brasileiro comum, aos 19, ele tem mais dinheiro que eu terei em minha vida inteira, mas temos algo em comum, a sorte de termos tido pais que nos proporcionaram o privilégio de estudar em boas escolas.
Essa fato, nos destaca dos 14 milhões de brasileiros analfabetos (IPEA, 2010) que terão poucas oportunidades de crescimento na vida. Que dificilmente conseguiram ler um jornal ou uma revista, e que serão facilmente manipulados durante o período eleitoral.
Porém, o que mais me preocupa não são os analfabetos completos, mas sim os funcionais, aqueles que sabem juntar signos para formar palavras, que são capazes de juntar palavras para formar frases, e fazem isso linha por linha, até que no final da página, não sabem o que leram, pois não conseguem interpretar.
Infelizmente, o analfabetismo funcional (analfabeto rudimentar e alfabetizado básico) atinge 68% da população brasileira (IPM-IBOPE,2009). Apesar das queda desse índice ao longo dos anos, ainda encontra-se em um patamar elevado quando comparado a países como Chile e Argentina (UNESCO).
As causas apontadas para esses tristes índices são variadas e orbitam a educação.
Entretanto, a causa que é o objeto desse artigo, e porque não desse blog, é a leitura, ou melhor, a falta dessa.
A leitura é responsável pela expansão da mente do indivíduo, contudo, como qualquer exercício, é necessário praticar. Assim, quem lê constantemente, consegue ler mais rápido, mais atentamente, mais criticamente, mais prazerosamente.
Por isso, os analfabetos funcionais, incluindo o príncipe Thor Batista, ou mesmo eu há alguns anos, podem deixar se aprimorar a medida que insiram a prática de leitura no dia a dia (agora sem hífen), começando com textos simples e curtos, como jornal, e seguindo, ao passo que se ganhe confiança, a romances e teses.
Mas o que o individuo, ou o Thor Batista, vai ganhar com isso?
Ganha-se o mundo.
Inicialmente, ganha-se o prazer simples da leitura: reduz estresse, exercita a imaginação, estimula o pensamento abstrato.
Em seguida, proporciona-se ao cérebro a formação de novas conexões neurais, possibilitando que o cérebro tenha respostas mais rápidas, aumentando a capacidade imagética e argumentativa, além da memória (ver mais em Os benefícos da leitura para o cérebro).
Além disso, quem lê ganha habilidade de argumentação mais consistente, impulsionado pelo implemento do pensamento analítico e da melhora do vocabulário que também incide na melhora da escrita.
Mas tudo isso, na verdade se torna menos importante diante do grande ganho com a leitura: a aquisição de conhecimento.
A leitura é o "atravessador" das informações escritas em um texto para a mente do indivíduo, e se essas "mercadorias ( as informações) forem relevantes, o conhecimento adquirido nessa "transação" é capaz de produzir outras mercadorias ou mesmo conduzir a outros textos que te levarão a outras mercadorias, e assim por diante, num fluxo infindável de conhecimento.
E conhecimento é a mola que movimenta a humanidade.
Como disse o grande visionário Monteiro Lobato "Um país se faz com homens e livros.". Por isso, não importa o que você lê, apenas leia com afinco.
Com a revolução dos livros digitais, espero que a leitura possa ser mais democrática alcançando mais pessoas superando as barreiras físicas e políticas.
Thor Batista, se caso um dia ler esse humilde texto, faça um favor ao seu país, invista num projeto social para montar bibliotecas nas cidades carentes de nosso Brasil, siga o exemplo e tantos outros.
Relevando que o rapaz só tem 19 anos, e que essa declaração refere-se a uma época mais imatura de sua vida, vi além do indivíduo e fiz a seguinte reflexão.
Thor não é um jovem brasileiro comum, aos 19, ele tem mais dinheiro que eu terei em minha vida inteira, mas temos algo em comum, a sorte de termos tido pais que nos proporcionaram o privilégio de estudar em boas escolas.
Essa fato, nos destaca dos 14 milhões de brasileiros analfabetos (IPEA, 2010) que terão poucas oportunidades de crescimento na vida. Que dificilmente conseguiram ler um jornal ou uma revista, e que serão facilmente manipulados durante o período eleitoral.
Porém, o que mais me preocupa não são os analfabetos completos, mas sim os funcionais, aqueles que sabem juntar signos para formar palavras, que são capazes de juntar palavras para formar frases, e fazem isso linha por linha, até que no final da página, não sabem o que leram, pois não conseguem interpretar.
Infelizmente, o analfabetismo funcional (analfabeto rudimentar e alfabetizado básico) atinge 68% da população brasileira (IPM-IBOPE,2009). Apesar das queda desse índice ao longo dos anos, ainda encontra-se em um patamar elevado quando comparado a países como Chile e Argentina (UNESCO).
As causas apontadas para esses tristes índices são variadas e orbitam a educação.
Entretanto, a causa que é o objeto desse artigo, e porque não desse blog, é a leitura, ou melhor, a falta dessa.
A leitura é responsável pela expansão da mente do indivíduo, contudo, como qualquer exercício, é necessário praticar. Assim, quem lê constantemente, consegue ler mais rápido, mais atentamente, mais criticamente, mais prazerosamente.
Por isso, os analfabetos funcionais, incluindo o príncipe Thor Batista, ou mesmo eu há alguns anos, podem deixar se aprimorar a medida que insiram a prática de leitura no dia a dia (agora sem hífen), começando com textos simples e curtos, como jornal, e seguindo, ao passo que se ganhe confiança, a romances e teses.
Mas o que o individuo, ou o Thor Batista, vai ganhar com isso?
Ganha-se o mundo.
Inicialmente, ganha-se o prazer simples da leitura: reduz estresse, exercita a imaginação, estimula o pensamento abstrato.
Em seguida, proporciona-se ao cérebro a formação de novas conexões neurais, possibilitando que o cérebro tenha respostas mais rápidas, aumentando a capacidade imagética e argumentativa, além da memória (ver mais em Os benefícos da leitura para o cérebro).
Além disso, quem lê ganha habilidade de argumentação mais consistente, impulsionado pelo implemento do pensamento analítico e da melhora do vocabulário que também incide na melhora da escrita.
Mas tudo isso, na verdade se torna menos importante diante do grande ganho com a leitura: a aquisição de conhecimento.
A leitura é o "atravessador" das informações escritas em um texto para a mente do indivíduo, e se essas "mercadorias ( as informações) forem relevantes, o conhecimento adquirido nessa "transação" é capaz de produzir outras mercadorias ou mesmo conduzir a outros textos que te levarão a outras mercadorias, e assim por diante, num fluxo infindável de conhecimento.
E conhecimento é a mola que movimenta a humanidade.
Como disse o grande visionário Monteiro Lobato "Um país se faz com homens e livros.". Por isso, não importa o que você lê, apenas leia com afinco.
Com a revolução dos livros digitais, espero que a leitura possa ser mais democrática alcançando mais pessoas superando as barreiras físicas e políticas.
Thor Batista, se caso um dia ler esse humilde texto, faça um favor ao seu país, invista num projeto social para montar bibliotecas nas cidades carentes de nosso Brasil, siga o exemplo e tantos outros.
Marcadores: leitura, opinião, Thor Batista
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