quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Temporada Literária de Verão


Um brado a resistência[1]


Um livro não voa com qualquer vento,
Pois bloco de páginas é resistente,
Mas quando soltas em um contratempo
Voam mui fácil em curso ascendente.

Chegam dias difíceis para o Brasil,
Mil perfídias infames e unificadas
Como pólvora enchendo grande barril,
Ameaçando o regime com vis ciladas.

Digamos “chega!” a isso, irmãos brasileiros!
Levantando o gládio prá necessária luta
Pra despachar daqui esses calaceiros.

Esses que habitam uma reles gruta
Não passam de vagamundos caminheiros
Empenhados em matar-nos com cicuta[2]

Carlos Mendes
Soneto escrito em 04/09/2010.


[1] Título Inspirado na obra: Brados do desengano contra o profundo sono do esquecimento (obra de Madalena da Glória, escritora portuguesa, 1749).
[2] Veneno com o qual os sofistas mataram o filósofo Sócrates. Aqui neste soneto: “levar-nos à morte com uma vida amarga.”

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